Prometido por políticos locais do PT em 2005, o curso de medicina da Ufba (Universidade Federal da Bahia) terá o primeiro dia de aula no campus Anísio Teixeira, em Vitória da Conquista, nesta segunda-feira (4), um marco na área de saúde no sudoeste da Bahia.
Também nesta segunda, terá início o semestre 2016.1 da instituição, que buscou ofertar este ano mais de 240 vagas em sete opções de cursos de graduação.
Para os candidatos ao curso de medicina foram oferecidas 45 das 80 vagas disponibilizadas pelo MEC (Ministério da Educação) em dezembro do ano passado. Desse total, 50% foram reservadas às cotas.
A seleção dos candidatos foi feita, exclusivamente, pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), com base nos resultados obtidos pelos participantes no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) referente ao ano de 2015.
“A implantação do curso de medicina no Campus Anísio Teixeira é um desejo antigo da comunidade universitária e regional. Foi preciso muito esforço e empenho coletivo para que mais esse sonho viesse a se tornar realidade”, informa um comunicado oficial da Ufba.
Tudo começou quando, em 2003, um grupo de jovens cristãos, liderado por Wal Cordeiro, realizou um movimento intitulado: Conquista Federal, quando na ocasião recolheram mais de 50 mil assinaturas que foram encaminhadas ao então Ministro da Educação Cristóvão Buarque. Na petição Wal Cordeiro apresentava dados concretos sobre a possibilidade de implantação de um campus avançado da Ufba em Conquista e a importância de um curso de medicina na cidade. Anos depois esse sonho se tornou em realidade.
De acordo com o projeto pedagógico, o curso encontrará na Ufba “todas as condições para se firmar e se tornar um centro de excelência e de referência nacional em formação médica”.
Para o diretor do campus Anísio Teixeira, professor Orlando Caires, o curso de medicina contribuirá para a consolidação da instituição, que completa em outubro deste ano 10 anos de existência.
O curso medicina visa uma formação de médicos com perfil generalista e humanista, caracterizando-se por não seguir o processo pedagógico tradicional, em que o professor é a figura central do processo de ensino, e, sim, utiliza uma abordagem centrada no aluno e sua realidade.
De acordo com o projeto pedagógico do curso, sua missão é “formar profissionais qualificados, para atuar com responsabilidade social, em todas as áreas onde a medicina se constitua em fator de promoção da melhoria da qualidade de vida; prevenir doenças ou recuperar a saúde, tendo como meta a excelência no exercício profissional”.
O currículo do curso prevê uma trajetória mínima de 6 anos, com metodologia problematizadora e matriz curricular integrada por temas e formas.
Uma Comissão de Acompanhamento e Monitoramento de Escolas Médicas, instituída pelo Ministério da Educação, em conformidade com a Portaria nº. 306, de 26 de março de 2015, avaliará periodicamente o curso. Fonte: Site Suíça Baiana