Foto: Reprodução/YouTube

Marcelo Odebrecht, preso desde 19 de junho de 2015, em Curitiba

Os executivos da maior empreiteira do País decidiram buscar o acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República nos processos da Operação Lava Jato. O empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso na Operação Erga Omnes, desde 19 de junho de 2015, está entre os que devem fazer a colaboração. O acordo depende do aval e da eventual homologação no Supremo Tribunal Federal. Mais influente empreiteira do País, a Odebrecht mantém sólidos contatos com o universo da política brasileira. Por isso, o anúncio agitou os gabinetes de Brasília no início da noite de ontem. A expectativa é de que Marcelo Odebrecht e os demais executivos possam revelar detalhes capazes de impactar até o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A empreiteira, entre outras acusações, é investigada por ter feito reformas no sítio utilizado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Atibaia (SP) e por ter repassado valores ao marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas eleitorais do próprio Lula, em 2006, e de Dilma Rousseff, em 2010 e em 2014.Lula também é investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal sob suspeita de tráfico de influência em favor da Odebrecht no exterior. Nesta terça à noite, o Ministério Público Federal em Curitiba divulgou a seguinte nota: “O Ministério Público Federal não fez acordo com a Odebrecht ou seus executivos e qualquer acordo, neste momento, será restrito às pessoas que vierem antes e cuja colaboração se revelar mais importante ao interesse público”. As informações são do Estadão.

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