O vice-presidente da República, Michel Temer, fez um discurso conciliador durante a convenção nacional do PMDB neste sábado, em Brasília. Temer criticou a “grave crise econômica e política”, mas evitou falar sobre o provavél rompimento do partido com o governo Dilma Rousseff, mesmo sob pressão de aliados para que se posicionasse. “Não é hora de dividir os brasileiros, de acirrar os ânimos. Não é hora de levantar muros. É hora de construir pontes. É o que o PMDB está e estará fazendo”, disse Temer. Ele também pregou a aliança entre “o capital e o trabalho” e o “entendimento entre todos os partidos”.

“Saímos daqui unidos em torno de um sentimento nobre, unidos em torno de um ideário, em nome dos brasileiros, para resgatar os valores de nossa República e reencontrar a vida do crescimento econômico e do desenvolvimento social”, disse ele.

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Ao longo da semana, Temer e a Executiva Nacional do PMDB costuraram um acordo para conter a ala radical, favorável ao rompimento com Dilma, e conseguiram postergar a decisão da sigla sobre o desembarque do governo por mais trinta dias.

Temer disse que o PMDB é um partido com “diversidades internas”, em que todos se manifestam e convergem “quando é preciso cuidar do país”. O vice avaliou que o país “não enfrenta problemas de democracia ou participação popular, uma vez que as instituições funcionam”.

O vice de Dilma ressaltou que o desemprego atualmente é uma “praga nacional” e que o partido apresentou propostas publicamente como a “Agenda Brasil” e o “Plano Temer – Uma ponte para o futuro”. Ele anunciou que o PMDB vai agora apresentar o Plano Temer 2, com foco em planos sociais. “Estaremos apresentando uma proposta para garantir e ampliar os avanços sociais e a igualdade de oportunidade para todos. São propostas que visam repor a confiança dos setores produtivos, ampliando o nível de emprego e reparando os fatores que deterioram as contas nacionais.”

“Não podemos deixar que os graves problemas do atual ciclo por que passa o país comprometam os substantivos ganhos sociais alcançados nos últimos tempos e nem que reduzam os potenciais e a capacidade da economia nacional. O quadro recessivo, o desemprego crescente e a carestia são realidades que devem ser combatidas por meio de políticas de valorização da iniciativa privada e do estímulo à expansão da competitividade. E isso ao lado de medidas de ajuste que racionalizem a administração por meio de reformas estruturantes”, discursou. Fonte: Veja

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