A Bahia foi o estado brasileiro que mais reduziu o trabalho infantil, em números absolutos, entre os anos de 2002 e 2014. Cerca 350 mil crianças e jovens entre 5 e 17 anos saíram do mundo do trabalho no período analisado, segundo análise divulgada nesta terça-feira (22) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2002, 647 mil crianças e jovens trabalhavam na Bahia. Em 2014, esse número reduziu para 296 mil. Em números relativos, a redução representou uma queda de 54% na quantidade de crianças e jovens trabalhando. A população jovem da Bahia também reduziu. Em 2002 o estado tinha 3,9 milhões pessoas entre 5 e 17 anos, contra 3,35 milhões em 2014. Uma redução de 13,5%.O diretor de pesquisas da SEI, Armando Castro, credita a redução do trabalho infantil a programas sociais do governo, como o Bolsa Família. “O aumento da renda familiar diminui a necessidade de entrada no mercado de trabalho pelos mais novos”, avalia.A diretora geral da superintendência, Eliana Boaventura, ressalta o acesso à escola como um dos dados positivos trazidos pelo estudo. “Ainda estamos longe de erradicar o trabalho infantil na Bahia, mas há avanço. A análise mostra esse declínio do trabalho infantil e a ascensão da educação”, afirma. Ao todo, 27 mil pessoas de 12 mil domicílios em mais de 80 municípios baianos fizeram parte da amostragem da pesquisa.O menor índice de inserção no mercado, 82%, foi registrado entre crianças de 5 a 9 anos. De 38 mil crianças em situação de trabalho em 2002, o estado passou a contar com 7 mil em 2014. A variação também foi significativa na faixa etária dos 10 aos 13 anos, com uma redução de 68%. A queda representa 114 mil crianças dessa faixa de idade deixando o trabalho infantil. Fonte: Correio

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