Foto: Pedro França / Agência Senado
O senador Delcídio Amaral (PT) teria “pressentido” que algo de ruim aconteceria após saber de uma reunião secreta da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o jornal Fato Online, de Brasília, o petista estava no plenário do Senado na noite desta terça-feira (24) quando soube do encontro da Corte. “Olha aqui, Diogo. F….”, teria dito ao seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, também preso na manhã desta quarta (25). Os dois foram detidos pela Polícia Federal, acusados de interferirem nas investigações da Operação Lava jato. De acordo com a publicação, Delcídio já estava abalado na terça: “Só faltava isso para fechar esse dia infernal”. Ele teria uma reunião com Maurício de Barros Bumlai, filho do pecuarista José Carlos Bumlai, para falar sobre seu depoimento na P José Carlos Bumlai CPI do BNDES. Ao telefonar para Maurício, contudo, uma voz desconhecida atendeu e disse que não poderia falar. Logo depois, descobriu que José Carlos foi preso e seria levado para Curitiba com Maurício e o outro filho, Guilherme. Delcídio integrava uma espécie de gabinete de crise do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acompanhar a Lava Jato. E sua missão seria monitorar o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. O senador não só foi o responsável por indicar Cerveró como também teria apresentado Bumlai a Lula, que agora se sentiria “traído”.
