PF encontra indícios de que campanha de Pimentel ocultou pagamentos à gráfica

Foto: Divulgação
A Polícia Federal encontrou indícios de que a campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, ocultou da Justiça Eleitoral os pagamentos feitos à Gráfica Brasil, do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené. Bené é apontado como arrecadador da campanha do petista, de quem é amigo pessoal, chegando a custear a estadia de Pimentel e da mulher em um resort em Maraú, no baixo sul da Bahia. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, de acordo com a representação da Polícia Federal enviada ao Superior Tribunal da Justiça (STJ) cinco notas fiscais referentes a serviços para a campanha não constam nas prestações de contas do governador nem da direção do partido. As notas, apreendidas na sede da empresa, totalizam R$ 362 mil, relacionadas à produção de 34 milhões de santinhos e cartazes. Ainda de acordo com a PF, há recibos subfaturados pela empresa. Uma das notas fiscais registrava a produção de 250 mil unidades, porém ordens de serviço indicam que 2,5 milhões de itens foram feitos. A PF suspeita que os pagamentos à gráfica ocultavam “a natureza de valores oriundos de ilícitos”. “Subfaturamento ou doação ‘in natura’ não declarada teriam por objetivo minorar gastos da Gráfica Brasil com a campanha, bem como possibilitar que os gastos do candidato não atingissem o limite estipulado no início da campanha”, diz a PF no texto.
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