ONU divulga relatório sobre supostos crimes de guerra do Estado Islâmico

Foto: Raqqa-sl.com
Mais de dez corpos foram retirados de uma vala comum nas proximidades da cidade iraquiana de Tikrit nesta quinta-feira (19), mesmo dia em que um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) diz que militantes do grupo Estado Islâmico podem ter cometido crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante seu avanço no Iraque. A descoberta da vala comum e os dados do relatório – que detalham assassinatos em massa, torturas e estupros – elevou os temores de que mais atrocidades possam ser encontradas na medida em que as forças de segurança iraquianas e milícias xiitas retomam territórios que estavam sob comando do grupo extremista. Autoridades da província de Salahuddin desenterraram 13 corpos no distrito de al-Boajeel, a leste da cidade de Tikrit, onde forças de segurança e milícias xiitas realizam uma ofensiva contra os militantes. Um vídeo de Associated Press mostra a polícia retirando os corpos e os colocando em sacos plásticos, levados em caminhões. Um funcionário do governo e um graduado oficial militar disseram à AP que uma investigação está em vigor para identificar os mortos. Segundo eles, não acredita-se que o local esteja ligado aos assassinatos em massa de soldados iraquianos capturados na base militar de Camp Speicher, no ano passado. O grupo divulgou fotografias dos soldados, alinhados em frente de covas rasas e depois mortos. As fontes falaram em condição de anonimato. Tropas iraquianas, apoiadas por milícias xiitas, mantêm suas posições nas proximidades de Tikrit esperando que os civis saiam para, então, avançarem na direção do centro da cidade. O Estado Islâmico tomou Tikrit e a segunda maior cidade do país, Mosul, durante seu rápido avanço pelo norte e oeste do país, em junho. Os extremistas agora controlam uma vasta área do Iraque e da Síria, territórios onde impuseram uma dura versão da lei islâmica, além de decapitar e massacrar seus oponentes.
direitos humanos e que os resultados sejam publicados. Fonte: Estadão
Compartilhe