BAHIA 247

Delatora de esquema de desvio de dinheiro da ONG que preside para formação de caixa 2 do partido no Estado, diz que tem documentos e que os entregará ao Ministério Público.

Delatora de suposto esquema de desvio de dinheiro da ONG que preside para formação de caixa 2 para campanhas de candidatos do PT na Bahia em 2008, a presidente do InstitutoBrasil, Dalva Sele Paiva, reafirmou nesta quinta-feira (25) que tem como provar o que diz com documentos e disse também que já entrou em contato com o Ministério Público do Estado (MPE-BA) e se comprometeu a apresentas as provas que alega ter sobre o que a oposição já apelidou de ‘mensalinho baiano’.

“Se eu for nominar aqui as campanhas de vereadores, deputados e prefeitos do partido que eu colaborei, é uma lista enorme, imensa, mas tudo isso vou dizer ao Ministério Público no momento certo. Estou inteiramente à disposição das autoridades brasileiras para mostrar as provas que tenho”, diz Dalva Sele em nova entrevista à revista Veja nesta quinta. Denúncias foram publicadas na edição impressa da revista no final de semana.

Dalva volta a acusar o candidato do PT ao governo do Estado, Rui Costa, e o deputado Nelson Pelegrino de terem se beneficiado de recursos de sua ONG e acrescenta outros nomes de militantes na lista. “É muito estranho o pessoal do PT agora dizer que não me conhece, que nunca viu. Nelson Pelegrino já foi algumas vezes na minha casa, ia ao instituto sempre. A mesma coisa Rui Costa, que ia lá ao instituto, que recebeu dinheiro, sim. A ex-mulher dele foi ao instituto pegar recursos para a campanha dele. Agora é muito simples dizer que não me conhece. Eu era uma militante ativa”, diz a delatora do mensalinho. Ela viajou para Espanha logo após conceder entrevista à Veja, na semana passada, e tem previsão de retorno a Salvador apenas para o dia 10, de outubro próximo, após as eleições.

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