Domingos Leonelli (PSB)

As declarações dadas pelo candidato petista Rui Costa, de que a candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB) não iria “decolar”, não agradou em nada aos ex-aliados do PSB. No almoço com jornalistas, anteontem, o petista disse não acreditar no crescimento da candidatura socialista ao longo da campanha no estado. “O PSB ainda tem pouca capilaridade no estado. Tenho a convicção de que não haverá essa terceira via”. O candidato do governador Jaques Wagner (PT) também disse acreditar numa campanha polarizada entre o DEM e o PT. “Ela vai desidratar não por falta de qualidade, mas as pessoas vão migrar para o voto útil. Vão dizer: ‘Estou aborrecido com essa turma aí, mas entre essa turma e voltar ao que era (Paulo Souto), eu prefiro que eles (governistas) fiquem’”, disse. Ainda, segundo ele, esse será o pensamento inclusive de alguns que querem votar em Lídice, mas que na hora decidirão por ele. O coordenador do programa de campanha de Lídice e pré-candidato a deputado federal, Domingos Leonelli (PSB), rebateu as falas do petista. O socialista, confiante, enalteceu o nome da senadora e afirmou que a atual conjuntura levará Lídice ao segundo turno e à sua vitória nas urnas em outubro, mês do pleito. “Acho estranho que Rui esteja interessado em desidratar a Lídice, quando deveria, como a opinião dos demais, inclusive de cientistas políticos, estar dando graças a Deus, pois ela possibilita a chances de segundo turno. Lídice vai para o segundo turno e vai ganhar a eleição com toda certeza”, afirmou. Durante sua resposta, Leonelli lembrou que o “voto útil” mencionado por Costa será vinculado à imagem da senadora e não do petista, e sentenciou que a vontade de polarização é nutrida pelo concorrente. “Ladeira que dá em Chico, a gente dá em Francisco. Além de Rui Costa reconhecer a possibilidade do voto de insatisfação com o governo Jaques Wagner que o atinge diretamente, o voto útil a que ele se refere, vai migrar para Lídice, não para ele. Com essa ansiedade, essas declarações, tanto dele quanto de outros dirigentes petista, dão a entender que eles preferem perder a eleição para a direita, com o ex-governador Paulo Souto (DEM), do que para a própria esquerda. A polarização é um desejo dele”, disse o socialista.

Victor Pinto, Tribuna

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