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Trivela

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O encontro entre Irã e Nigéria, que encerrou a primeira rodada do Grupo F, cumpriu com sua expectativa: ser o pior jogo da Copa do Mundo até agora. Com um nível técnico muito baixo, iranianos e nigerianos não saíram de um empate sem gols, em um jogo sem grandes chances e em que o maior destaque foi um goleiro, Vicent Enyeama, que fez apenas uma defesa. Ocastigo à bola e aos torcedores acabou sobrando até o gramado, que soltava tufos a cada carrinho dos atletas. Ingrediente bem significativo para explicar o jogo.

Demorou poucos minutos para que o Irã se posicionasse todo atrás e começasse sua proposta de se defender a todo custo. Desde o início a Nigéria foi quem teve as principais  ações ofensivas, não que isso significasse jogadas agudas. Tecnicamente, o jogo foi bem fraco. Apesar da intensidade dos nigerianos, não foram criadas chances lá tão boas.

Em um pequeno lapso, dos oito aos dez minutos, a Nigéria pressionou, marcando um gol irregular e tendo uma boa chance com Onazi, que mandou a bola rente à trave direita. Depois disso, apenas posse de bola e ocupação de espaço, mas sem oportunidades reais de gol. A mais perigosa da primeira etapa foi inclusive do Irã, em cobrança de escanteio, com cabeçada de Reza muito bem defendida pelo goleiro Vincent Enyeama.

A expectativa de que as conversas de Stephen Keshi e Carlos Queiroz com seus comandados no intervalo melhorasse o jogo não se confirmou, e o nível seguiu baixíssimo, de longe a partida menos entretida ou bem jogada da Copa até agora, que vinha tendo grandes jogos até mesmo de onde menos se esperava. Em um dos raros bons lances da partida, Reza, logo no começo da segunda etapa, tentou uma jogada individual e bateu com perigo, perto da trave de Enyeama. Depois desse lance, que aconteceu apenas aos cinco minutos, o jogo não teve mais nenhum ataque destacável, nenhuma finalização, perigosa, nada. Até mesmo para o nível conhecido de Nigéria e Irã, o duelo foi bem decepcionante.

Os únicos capazes de tirar desse jogo algo de bom devem ter sido os jogadores da seleção da Bósnia-Herzegovina, ao perceberem que depois do duro jogo contra os argentinos deverão ter vida bem mais fácil nas duas rodadas que têm a jogar no Grupo F. Participar da primeira Copa caindo em um grupo como esse é ganhar a chance de fazer história, já chegando ao mata-mata. Quanto a Nigéria e Irã, o trabalho terá que ser duro para fazer a viagem até o Brasil valer a pena. Tendo a Argentina pelo caminho ainda, talvez não seja cedo demais afirmar que virou passeio mesmo.

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