Com Xuxa e apelo de Renan, Comissão de Direitos Humanos do Senado aprova 'Lei da Palmada'

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Após apelos do presidente do Senado, Renan Calheiros, a proposta de “Lei da Palmada”, que proíbe castigos físicos, foi aprovada na tarde desta quarta-feira (4) pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Casa e segue para o plenário. “Vim fazer apelo para que nós deliberássemos hoje aqui nesta comissão para que ela vá para o plenário”, disse o congressista. A matéria, que no Senado foi rebatizada como “Lei Menino Bernardo”, em menção ao garoto Bernardo Boldrini, assassinado no Rio Grande do Sul. A apresentadora Xuxa Meneghel havia visitado o gabinete de Renan para argumentar a favor da aprovação do projeto. Xuxa afirmou que as pessoas a interpelam para saber se a lei levará a prisão alguém que der uma palmada em uma criança. “Não, de maneira nenhuma. É só para mostrar que as pessoas podem ensinar a criança sem usar violência. É só isso que a gente está pedindo e é isso que a lei faz”, disse. Em discussão anterior sobre o tema, realizada no último dia 21, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, ela também esteve presente e foi hostilizada pelo deputado Eurico Pastor (PSB-PE), que citou sua cena de sexo com um menino de 12 anos, no filme ‘Amor, Estranho Amor’. “A conhecida Rainha dos Baixinhos, que no ano de 82 provocou a maior violência contra as crianças”, afirmou o parlamentar. O debate desta quarta também foi tenso. Parte dos senadores considera que a votação do texto está sendo apressada e, para o senador Pedro Simon, é “lamentável” a interferência feita por Renan, considerada eleitoreira, por conta da presença de Xuxa.

 

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