O Encontro Nacional do PT – que será realizado entre hoje e amanhã, em São Paulo – é visto entre líderes petistas como uma chance de tratar de temas urgentes. Marcado inicialmente para debater estratégias eleitorais e o programa de governo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, deve servir também para reduzir os conflitos internos. O “volta Lula” e os impactos das denúncias contra o deputado licenciado André Vargas (PR), recém-afastado do partido, estão entre as preocupações dos petistas. Oficialmente, o ponto alto será a abertura, com as presenças da presidente Dilma Rousseff e de seu antecessor, Lula. Nos bastidores, será a movimentação do presidente do PT, Rui Falcão, e dos ministros Ricardo Berzoini e Aloizio Mercadante.

Na semana que vem, os deputados federais petistas devem escolher quem assumirá a vice-presidência da Câmara, cargo vago após a renúncia de Vargas. O discurso tem sido da busca de consenso, mas existe uma dificuldade em encontrar um nome capaz de agradar os diferentes grupos dentro do partido. Uma das alas é formada por antigos aliados do ex-petista, como os paulistas Cândido Vaccarezza e José Mentor. Eles já eram um foco de resistência contra a maneira como o Executivo trata das negociações no Congresso e também não gostaram da forma como os colegas rifaram o parlamentar, acusado de ligações com o doleiro Alberto Youssef. Outros vértices da disputa são o próprio presidente do partido, Rui Falcão, e o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia. O prazo para o registro dos candidatos termina na tarde de segunda-feira. A ideia é que a decisão final seja tomada na terça.

Cabo eleitoral forte

O site da Caravana Horizonte Paulista, da pré-campanha do ex-ministro Alexandre Padilha ao Palácio dos Bandeirantes, transmitiu ao vivo a entrega do título de cidadão de Santo André, no ABC paulista, ao ex-presidente Lula. Antes da chegada do homenageado, o vídeo já beirava 10 mil visualizações.

Skaf se reúne com gigantes do varejo

Pré-candidato do PMDB ao governo paulista, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, participou de um almoço fechado com integrantes do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), que reúne os principais varejistas do País. Foi o primeiro de uma série de encontros que a entidade deve fazer com um candidato ao governo de São Paulo. O assunto principal da conversa foi a questão tributária. A entidade tem defendido a unificação do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), principal tributo estadual. Entre outros, participaram do bate-papo o presidente do IDV, Flávio Rocha, Luiza Trajano, do Magazine Luiza, e Antônio Alberto Saraiva, da rede Habib’s.

Deputado preferia não ser exemplo

Durante um almoço, o presidenciável Eduardo Campos (PSB) escolheu o deputado Beto Albuquerque, líder de seu partido, como alvo na hora de explicar as mudanças que gostaria de fazer na nomeação de diretores das agências regulatórias. “Não adianta eu prometer não aceitar indicações políticas e depois receber uma lista de sugestões da mão do Beto Albuquerque”, citou, para incômodo do colega de partido, que estava sentado próximo a ele.

A maneira de Campos evitar constrangimento

Ao perceber a reação do parlamentar, Eduardo Campos não se abalou. “Citar o Beto Albuquerque como exemplo é uma alegria. Se fosse outro, que não é de casa, podia causar algum constrangimento”, prosseguiu o candidato socialista à Presidência. O remendo pareceu ter alcançado o objetivo. O deputado gaúcho, um dos mais fiéis escudeiros do ex-governador pernambucano pelo País, abriu um sorriso.

Edson Santos, deputado federal (PT-RJ), sobre as punições ao racismo nas liga de basquete dos EUA e de futebol da Espanha: “No Brasil, além das bananas em circulação na Internet, raramente são tomadas medidas para eliminar o racismo e a discriminação racial no esporte”

*Com Leonardo Fuhrmann

IG

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