BAHIA 247

Lídice bateu duro nos adversários em evento em Camaçari e falou da ‘possibilidade’ de agregar apoios de eleitores que não acreditam mais no Partido dos Trabalhadores.

A senadora Lídice da Mata, do PSB, tem seguido a linha de seu correligionário e pré-candidato a presidente da República, Eduardo Campos, na saga de oposição ao governo do PT, do qual eles fizeram parte até o final de 2013.

Lídice se elegeu pela chapa encabeçada por Jaques Wagner em 2010 (para mandato de oito anos) e agora é candidata a governadora em chapa independente. A senadora bateu duro nos adversários em encontro com lideranças de seu partido no final de semana em Camaçari e falou da ‘possibilidade’ de agregar apoios de eleitores que não acreditam mais no PT. Mas a artilharia da senadora mirou também os opositores (DEM-PSDB-PMDB) quando ela disse que a população “não quer a volta do passado”.

“De um lado vamos ter Paulo Souto (DEM) com sua tropa do ‘estamos de volta, outra vez’. Do outro, vem Rui Costa com sua máquina que vai tentar passar por cima de nós e, no meio, vai ter o PSB, com seu projeto de via alternativa, que vai ser seguido por todos aqueles que estão desencantados com o PT e os que não querem de volta a velha política”.

Lídice comentou os questionamentos dos petistas de que ela fez parte do governo Wagner até pouco tempo e lembrou que eleitoralmente cedeu muitas vezes ao PT, “anulando” seu próprio projeto. “Eu não sou ingrata com quem me apoiou, mas o povo sabe que eu também apoiei o PT várias vezes. Mas o projeto do PT não é coletivo. O projeto é de um grupo do partido em cada município”. A senadora se queixou ainda de que seu nome nunca chegou a ser “seriamente analisado” pelo PT e que o fato de Eduardo Campos ter saído candidato à presidência serviu como argumento para que seu nome fosse descartado.

 

 

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