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Detentos pedem visita íntima, televisores e melhoria na alimentação. Situação amenizou após juiz ir até a unidade prisional conversar com eles.

Presos fizeram uma manifestação dentro da delegacia de Brumado, no sudoeste da Bahia, nesta terça-feira (25), cobrando melhorias nas condições de carceragem. De acordo com informações da delegacia, eles exigiam alimentos de melhor qualidade, televisores e visitas íntimas.

Durante a movimentação, os presos jogaram alimentos no pátio. À tarde, um juiz foi até a delegacia explicar aos presos que eles não possuem direito a esses benefícios, informa a delegacia. Depois disso, eles se acalmaram. A manifestação foi pacífica sem eventuais problemas. A delegacia de Brumado funciona atualmente com 36 presos e é a única na cidade.

Juiz encerra greve de fome dos presos

Somente no final da tarde desta terça-feira (25), o juiz da Vara Crime de Brumado, Genivaldo Alves Guimarães, visitou a cadeia do município. No local, os detentos ameaçavam deflagrar uma rebelião caso algumas de suas reivindicações não fossem atendidas. Logo que entrou no recinto, Guimarães foi aplaudido pelos custodiados, que chegaram a fazer greve de fome durante o dia. O magistrado disse à reportagem que os detentos recusaram o café da manhã e o almoço e jogaram os alimentos no pátio da área do banho de sol. Eles reivindicavam uma audiência com o delegado.

Entre as exigências: a liberação de visita íntima durante o período do carnaval e o aumento no número de banho, de três para quatro no dia. O magistrado afirmou que a manifestação ocorreu porque os detentos querem passar maior tempo com os familiares nesse período de carnaval. Aos presos, o juiz explicou que a estrutura da cadeia não permite que sejam atendidas as reivindicações.

Também foi esclarecido que não há possibilidade de aumentar o número de banhos, tendo em vista o alto custo da mudança – há na cadeia 36 presos, o que já gera 108 banhos ao dia. Para acalmar os ânimos, Guimarães informou aos presos que as datas de julgamento estão sendo antecipadas. Ao final, os custodiados aceitaram as explicações do juiz e colocaram fim a greve de fome. “Foi um manifesto psicológico. Por estarem privados da liberdade, eles ficaram irritados por não poderem curtir o carnaval, mas não há indícios de que venham a promover uma rebelião”, concluiu o juiz.

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