O lucro da Petrobras atingiu R$ 23,6 bilhões em 2013, alta de 11%, em relação aos R$ 21,2 bilhões alcançados em 2012.

No quarto trimestre do ano passado, a companhia apresentou lucro líquido de R$ 6,28 bilhões, queda de 19% em relação ao mesmo período de 2012.

“Esse aumento é explicado pelos maiores preços de venda de combustíveis, função dos 3 reajustes do diesel e 2 da gasolina realizados ao longo do ano, pelo significativo aumento da produção de derivados em nosso parque de refino, pelos expressivos resultados de redução de custos e aumento de produtividade bem como pelos ganhos com as operações de venda de ativos”, diz a presidente da empresa, Graça Foster, no balanço da companhia.

A produção de petróleo da empresa no Brasil teve resultado 2,5% abaixo do planejado, com a média de 1.931 mil bpd.

No resultado do ano, a empresa destacou o aumento de 43% das reservas provadas no pré-sal em comparação a 2012, e o reajuste nos preços de 8% para o diesel e 4% para a gasolina, em novembro do ano passado.

Também foi destaque as vendas de ativos do “Programa de Desinvestimentos”, que renderam uma contribuição de R$ 8,5 bilhões ao caixa da empresa em 2013.

A estatal tem sido vista com desconfiança pelo mercado, por conta da produção estagnada, das importações em alta e das dívidas bilionárias – e que tendem a continuar crescendo.

Em 2013, a Petrobras passou a usar uma estratéia contábil para limitar o impacto do dólar no balanço e limitar as perdas financeiras. O instrumento usado é o hedge, uma forma de se proteger de ganhos ou perdas com a variação do dólar lançando variações do endividamento em função do câmbio no patrimônio líquido e transferindo essa diferença para o resultado financeiro na medida em que as exportações forem realizadas.

“Essa medida promove um maior alinhamento entre os resultados contábeis e nossa política de gestão de risco, mitigando oscilações bruscas em função de volatilidades do câmbio sobre o resultado financeiro, o que poderia não refletir adequadamente o desempenho econômico da companhia em determinado período”, diz Graça, no relatório do resultado.

Receita
A receita de vendas da empresa cresceu 8% no ano passado, para R$ 304,89 bilhões.

O custo dos produtos vendidos subiu 11% no ano, para R$ 233.726 milhões. A empresa atribui a alta ao aumento de 4% no volume de vendas de derivados no mercado interno, maiores volumes de importações de gás natural e de petróleo, e maiores gastos com produção de óleo, por conta do maior número de intervenções em poços e da entrada em operação de novas instalações que ainda não produzem a capacidade total.

Fonte: G1

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