Segundo governador do Maine, mais de 7% das crianças que nasceram em 2013 tinham mães dependentes de drogas

Segundo governador do Maine, mais de 7% das crianças que nasceram em 2013 tinham mães dependentes de drogas

Com a atenção dos americanos voltada para overdoses e mortes por causa da heroína, o governador do Maine, Paul R. LePage, jogou luz sobre os casos de bebês de seu estado cujas mães eram dependentes de drogas.

LePage disse que 927 “bebês viciados em drogas” nasceram no Maine em 2013, mais de 7% de todos os nascimentos. Em discurso no Legislativo, o governador chamou os nascimentos de “epidemia preocupante” que estava “rasgando o tecido social das nossas comunidades”.

O custo médio para nascimentos nessas circunstâncias era de US$ 53 mil em 2009, o último ano para o qual há dados disponíveis.

A severa advertência de LePage segue um discurso do governador de Vermont, Peter Shumlin, outro estado da região da Nova Inglaterra. Ele chamou considerável atenção da mídia para o problema da heroína no estado, ampliada com a morte do ator Philip Seymour Hoffman, aparentemente por overdose de heroína.

Mas há diferenças cruciais nas mensagens dos dois governadores. Shumlin, um democrata, dedicou todo o seu discurso à dependência de opiáceos e convocou os cidadãos de Vermont a verem-na como uma doença a ser tratada, e não apenas como um problema de aplicação da lei, resolvido com prisões.

LePage, um republicano apoiado pelo Tea Party, dedicou a maior parte de seu discurso ao que descreveu como o flagelo do bem-estar e falou sobre o problema das drogas em termos de aplicação da lei e da economia.

“Enquanto alguns estão gastando todo o seu tempo tentando expandir o bem-estar social, estamos perdendo a guerra contra as droga”, disse LePage, sem mencionar um papel para o tratamento.

Ele pediu aos legisladores para expandir o Poder Judiciário do Maine, adicionando quatro promotores de drogas e quatro juízes. Ele também pediu mais 14 agentes para a agência de repressão às drogas do estado.

LePage e Shumlin buscam a reeleição este ano, e estão tomando posições sobre o vício em heroína que, acreditam, terão mais apelo com seus respectivos círculos eleitorais.

Fonte: O Globo

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