Foto: Reginaldo Ipê/Tribuna da Bahia
Interdição de banheiro e funcionamento do ar-condicionado afeta o setor do check-in

A Superintendência da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (In-fraero) informou que o sofrimento dos passageiros que circulam pelo local seria amenizado na última sexta-feira, data prevista para a entrega dos novos guichês de check-in e esteiras de bagagens. Porém, o cumprimento da promessa foi reagendado mais uma vez.

A interrupção das obras e os transtornos no aeroporto internacional Luis Eduardo Magalhães ainda causam aborrecimento aos visitantes da capital baiana. Ontem, a reportagem esteve no aeroporto de Salvador e o cenário foi este.

As mudanças provisórias diante das obras atrasadas foram definidas pela turista cearense Carla Rodelo como “um verdadeiro caos”. “A situação do aeroporto de Fortaleza também é ruim, mas em Salvador está intransitável”, reclamou a professora.

Desativado

Tribuna esteve no local e pôde constatar algumas das principais reclamações dos usuários. A escada rolante que dá acesso ao último piso estava desativada, obrigando os usuários a usar as escadas convencionais. Além disso, um dos banheiros localizados próximo ao check-in foi desativado e o ar-condicionado não dava conta da quantidade de pessoas no local.

“Tem dias que o ar-condicionado não funciona. Sem contar que estamos sofrendo muito com a poeira. Passei dias com a garganta inflamada por conta disso. Quando queremos usar o banheiro, temos que dar a volta no saguão ou então descer. Aqui, perto de nós não tem nenhum e os que ainda temos às vezes são interditados”, reclamou a vendedora Fernanda Melo.

Uma paulista que está na capital baiana a trabalho afirmou que os problemas começam logo no desembarque. “Às vezes chega quatro aviões de vez e aqui só tem duas esteiras. A situação está bastante complicada e eu não sei como será na Copa”, disse a jovem.

Serviços foram suspensos após vistoria

Após vistoria, na última segunda-feira, o ministro chefe da Aviação Civil, Moreira Franco, decidiu que as obras de ampliação do terminal de passageiros no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, fossem interrompidas. O ministro ainda afirmou que, se a obra não estivesse atrasada, a primeira etapa já estaria concluída e inaugurada.

De acordo com Larissa Rabelo, que trabalha no local desde dezembro, a falta de balcão de informações e o mau atendimento também geram reclamações dos visitantes. “Muitas pessoas tomam informação conosco, porque sabme que a gente trabalha aqui, mas na verdade deveria ver alguém disponível somente para orientar os turistas”, relata.

“Quando a  gente não sabe informar, eles recorrem aos seguranças e eles afirmam, com rispidez, que o papel deles é apenas de fazer a segurança do local. Tudo isso deixa os turistas desapontados e causa uma má impressão da cidade”. Os problemas acontecem na alta-estação, quando os ensaios de verão que antecedem o Carnaval e a própria folia do Momo aumentam o fluxo no aerporto.

No último dia 20, a Infraero informou, através de nota, que até o mês de abril deste ano serão entregues as obras do desembarque doméstico remoto e internacional, esteiras triagem e restituição, sanitários saguão, lojas comerciais, caixas eletrônicos, praça do acarajé, estação transbordo, área de apoio  taxistas, acesso embarque doméstico e internacional, conector desembarque internacional, check-in, BVRI (balcão), lojas comerciais, escadas de emergência, cobertura frontal, praça de alimentação, auditório e mirante. Ontem, a Tribuna tentou contato com a Superintendência, mas não obteve êxito.

Fonte: Tribuna

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