A Tarde

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“Não vou ficar em cima do muro, não vou fazer joguinho”, disse o prefeito ACM Neto nesta segunda-feira, 16, em entrevista à rádio Metrópole, descartando apoio ao pré-candidato do PT, Rui Costa.

“A oposição vai marchar junta e com pelo menos sete ou oito partidos em torno do projeto. Vou participar da campanha e, nas horas vagas, pedir voto (para a oposição)”, esclarece Neto, que atualmente é apontado como principal liderança da oposição na Bahia e responsável por articular esse grupo para a eleição de 2014.

Em recente entrevista ao Jornal A TARDE, Rui Costa disse que não descartava, apesar de considerar difícil, ser apoiado por Neto na sucessão ao governo de Jaques Wagner.

Apesar de não apoiar o candidato do governador, o prefeito não dispensa o “discurso amigável” que vem usando com o PT. “A era do governador (Jaques Wagner) vai deixar legado positivo e negativo, mas o próprio candidato do PT tem que ter um discurso do pós-Wagner”, afirmou.

Para disputar com o candidato petista, o prefeito aposta em uma chapa única em 2014. “A oposição vai marchar junta e com pelo menos sete ou oito partidos em torno de um projeto”, disse.

Definição

De acordo com Neto, o nome da oposição para o pleito de 2014 só deve ser definido em março. “Vamos aproveitar janeiro e fevereiro para organizar a chapa. Não adianta ter apenas o nome para governador, tem que ter para vice e para o Senado. Esse tempo é muito importante para garantir que tenha uma chapa estruturada. Então, o nome do candidato comum da oposição deve ser apresentado em meados de março”, informou.

A prorrogação deste anúncio contraria outras lideranças da oposição, como os irmãos Geddel Vieira Lima e Lúcio Vieira Lima. Presidente do PMDB-BA e pré-candidato do partido ao governo baiano, Geddel pediu, no final de novembro, desligamento da Caixa Econômica Federal (CEF) para sair do “banco de reserva” na eleição.

Na época, ele falou que a oposição estava se “estendendo demais” na definição do nome que vai concorrer ao pleito de 2014.

Geddel ou Paulo

ACM Neto não descarta o surgimento de outro candidato para liderar a chapa da oposição, mas confirma que a escolha deve ficar entre o ex-governador Paulo Souto (DEM) e Geddel.

“Hoje temos alguns pré-candidatos, mas dois se destacam: Paulo Souto e Geddel. Não quer dizer que vai ser Paulo ou Geddel, mas eles estão na frente”, afirmou o prefeito.

Geddel já demonstrou interesse em concorrer, já o ex-governador não se pronunciou sobre o assunto.

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