TRIBUNA DA BAHIA

Em busca da sintonia das oposições para o próximo pleito, ex-ministro já considera correto “bater o martelo” após o Carnaval.

O presidente estadual do PMDB, ex-ministro Geddel Vieira Lima, aguarda a publicação no Diário Oficial, de sua demissão do cargo de vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal para intensificar a pré-campanha ao governo baiano, nas eleições de 2014.

Segundo o líder peemedebista, sua carta com pedido de afastamento foi entregue no dia 30 de setembro, mas até o momento não houve a confirmação da presidente Dilma Rousseff (PT), o que tem feito com que ele continue cumprindo funções na Instituição federal. Porém, antes mesmo da saída, ele mostra que está em articulação para conquistar a oposição.

Demonstrando convicção em relação à pré-candidatura ao Palácio de Ondina, Geddel voltou atrás ontem sobre a ideia de antecipar o nome para o pleito e considerou a viabilidade de se ampliar o prazo para bater o martelo depois da Folia de Momo. A maioria dos líderes da oposição, entre eles o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), havia sinalizado que, apesar de o governador Jaques Wagner (PT) já ter lançado o secretário Rui Costa (PT) como candidato à sucessão, era possível esperar um pouco para apresentar o nome que irá contrapor com o petista.

“Retiro a proposta de antecipação. Estou convencido de que é possível aguardar. No momento da campanha que o líder do grupo, o prefeito ACM Neto, achar mais conveniente, anunciará o nome”, disse à reportagem da Tribuna. Ele considerou que oclima de final de ano, com o recolhimento das festas iniba as movimentações políticas. “Não tem sangria desatada”, disse, transmitindo que tem sido intenso o seu contato com o prefeito.

Peemedebista compara cenário com 2010

Entretanto, ao reconhecer a tese majoritária da oposição de que o anúncio deve ocorrer depois, Geddel voltou a pontuar que lá na frente o PMDB terá o direito de refletir. “Vamos aguardar o momento do grupo e neste momento vamos avaliar”, disse, frisando que ao apresentar a tese de antecipação do candidato não quis dizer que seria o seu nome.

O ex-ministro aproveitou para destacar que conta neste momento com mais experiência e mais aceitação popular, em comparação com o cenário de 2010, quando ele se candidatou ao governo, concorrendo com Paulo Souto (DEM) e o governador Jaques Wagner, que conquistou a reeleição. “Estou muito animado. Sinto isso nas ruas quando as pessoas me falam e as pesquisas mostram claramente”, afirmou.

Mas ponderou ao dizer que está aberto às decisões contrárias. “Sou candidato a governador da Bahia, mas isso não significa obsessão ou razão de vida. Se eu não puder ser, não carregarei nenhuma infelicidade por isso”, frisou. Realizando viagens pelo estado, com inserções na televisão, presença forte nas mídias sociais e mais entrevistas nas rádios, Geddel destacou que nada mudou em sua estratégia de se colocar na conjuntura pré-eleitoral.

“Continuo com críticas substantivas a uma gestão que poderia ter avançado muito mais, levando meus projetos e propostas para uma Bahia melhor. O resto é futrica que a minha experiência não merece levar em conta”, disparou. Mas, diante da indefinição, a cada dia surgem novos rumores em torno do nome que irá representar o grupo. O ex-governador Paulo Souto não admite, mas no Partido Democratas a torcida ainda pertence a ele.

Nesse cenário, o único do partido que se coloca como pré-candidato é o secretário de Transportes, José Carlos Aleluia. No PMDB, a expectativa é de acordo com o prefeito ACM Neto, que teria dado sinais ao influenciar na ida do seu apadrinhado, o deputado estadual Bruno Reis, para o partido que o apoiou na eleição.

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