Embora admitam que ainda aguardam a definição do candidato do PT, PP e PDT, que disputam uma das vagas na majoritária, reiteram sua predisposição a negociar, prioritariamente, com a base aliada do governador Jaques Wagner antes de qualquer outra alternativa. Oficialmente, as duas siglas mantêm ativas as expectativas para participar do projeto – os pedetistas devaneiam que o deputado Marcelo Nilo pode encabeçar o projeto –, porém rumores nos bastidores sugerem que as portas não estão fechadas com outros projetos, como a candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB), que insiste em não se colocar como de oposição a Wagner.

Para o presidente estadual do PP, deputado federal Mário Negromonte, a hipótese de embarcar em outro projeto, diferente da base de apoio ao atual governador, está completamente rechaçada. Negromonte reitera que, em conversa com Wagner, a vaga para um progressista foi assegurada na majoritária. “A formação da chapa tem que ter um critério e o governador garantiu que o critério seria o tamanho. Nesse caso os três maiores partidos, PT, PSD e PP, têm vaga garantida”, assegurou o progressista.

Ele negou peremptoriamente qualquer conversa com outras correntes além dessa proposição. “Não existe outra conversa. Estive com o governador e com Rui Costa e ficou certo que o critério seria o tamanho. Os partidos aliados estão cientes”, reiterou. Já o PDT sinaliza não trabalhar com outra alternativa que não compor o projeto governista para 2014, porém não descarta complemente outras possibilidades. “Nada é impossível em política”, ponderou o presidente estadual da sigla, Alexandre Brust.

Pedetistas reiteram candidatura de Nilo

Se nas entrelinhas o presidente estadual do PP, Mário Negromonte, sugere o nome do secretário da Casa Civil, Rui Costa, como o escolhido para encabeçar o projeto do PT para permanecer no Palácio de Ondina, o PDT de Alexandre Brust mantém a expectativa de ter o deputado estadual Marcelo Nilo como candidato a governador com o apoio de Jaques Wagner em 2014. Segundo Brust, os pedetistas não cogitam, pelo menos momentaneamente, projeto diferente da candidatura própria no próximo ano.

“Fala-se à boca pequena – aliás, nem é mais à boca pequena – que o candidato do governador é Rui Costa. O candidato do PDT a governador tem nome e endereço, que é o deputado Marcelo Nilo. A chapa é com Marcelo Nilo na cabeça”, defendeu Brust. Questionado sobre a hipótese de construir uma aliança com a senadora Lídice da Mata (PSB) no próximo ano, o dirigente pedetista tangencia. “Não posso dizer que é impossível, mas por enquanto não existe conversa”, sinaliza Brust.

De acordo com o dirigente, a prioridade do PDT nacional, reiterada em reunião recente da executiva, é a formação das composições estaduais e, só então, uma discussão sobre o projeto federal. Brust reforçou tal hipótese após questionado sobre uma eventual aproximação entre o partido e o PSB, de Eduardo Campos, com reflexos no plano baiano. “O PDT, por enquanto, mantém apoio à reeleição da presidente Dilma (Rousseff)”, sinalizou.

Destarte o entendimento do PDT, de que não há uma definição sobre a chapa majoritária de 2014, para Negromonte o assunto já é passado. “A princípio, foi isso que o governador disse, que seriam os três maiores partidos. Em política, você tem que ter critério. E o critério da política é o voto”, reforçou o progressista.

Como a inclusão do PP excluiu o PDT da chapa – PT e PSD estariam com lugares garantidos conforme sugestão dos próprios líderes desses partidos –, a cédula das urnas no próximo ano vai trazer mais do que três nomes. Traz a discórdia para a base governista e, de acordo com bastidores, a formação de uma chapa do PSB com apoio de outras legendas do arco de alianças de Wagner. As informações são do Tribuna da Bahia

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