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As seis companhias de capital aberto do grupo de Eike Batista somaram prejuízo de R$ 5,6 bilhões no segundo trimetsre, alta de 483% na comparação com o mesmo período de 2012, quando as perdas das empresas somaram R$ 963 milhões, aponta levantamento da consultoria Economatica.

Somente a petroleira OGX registrou prejuizo líquido de R$ 4,72 bilhões entre os meses de abril e junho, alta de mais de 1.000% ante a 1 ano antes, quando a empresa havia tido prejuízo contábil de R$ 398,7 milhões.

A empresa de mineração MMX registrou o segundo maior prejuízo, com perdas de R$ 441,529 milhões no segundo trimestre, ante prejuízo líquido de R$ 392,298 milhões no mesmo período do ano passado.

Em seguida, aparece a empresa de energia MPX, com prejuízo de R$ 233,250 milhões, alta de 72,5% em relação ao 2º trimestre do ano passado, quando o prejuízo foi de R$ 135,2 milhões.

A empresa de construção naval OSX encerrou o segundo trimestre com prejuízo de R$ 152,6 milhões ante perda de R$ 6,3 milhões no mesmo período de 2012.

A LLX Logística acumulou perdas de R$ 73,6 milhões, ampliando resultado negativo de R$ 6,89 milhões registrado um ano antes.

Já a CCX, empresa de mineração de carvão, reportou prejuízo de R$ 8,4 milhões ante perda de R$ 37 milhões no 2º trimestre de 2012.

No acumulado do 1º semestre, as empresas X acumulam prejuízo de R$ 6,74 bilhões, segundo a Economatica. No acumulado entre janeiro e junho de 2012, as companhias tinham registrado prejuízo de R$ 1,12 bilhão.

Em termos de valor de mercado, as seis companhias X já perderam mais de R$ 18 bilhões desde o começo do ano. No fechamento de mercado de quarta-feira (14), as seis companhias somavam R$ 10 bilhões ante um valor de mercado de R$ 28,5 bilhões no final de 2012.

Reestruturação do grupo
Na quarta-feira (14), a LLX anunciou que seu controle será transferido para a empresa norte-americana EIG Management Company, em um acordo de R$ 1,3 bilhão.

O negócio é mais um capítulo do processo de reestruturação das empresas do grupo.

Em julho, Eike Batista renunciou ao conselho de administração da MPX, após um acordo que deverá transferir o controle da empresa para a alemã E.ON.

Eike que já chegou a ter a sua fortuna avaliada em US$ 34,5 bilhões, em março do ano passado, deixou de ser bilionário em julho e agora teria um patrimônio líquido de cerca de US$ 200 milhões, segundo ranking da Bloomberg.

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