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A parceria “de primeira hora” com o PCdoB e a confiança na repetição da aliança para 2014 foi a resposta do presidente estadual do PT, Jonas Paulo, às declarações do presidente do PCdoB nacional, Renato Rabelo. Em entrevista à Tribuna, o dirigente do histórico partido brasileiro disse que “de jeito nenhum” havia “apoio automático” ao PT baiano, no próximo ano.

Dando um sinal de que as peças do jogo ainda não estão formadas e que o assunto deve ser debatido, o dirigente comunista mandou recado ao dizer que o candidato da base governista não deveria ser automático do PT.

Apesar de contemporizar, o líder petista na Bahia rebateu ao deixar claro o conceito já expressado pelas principais lideranças do partido. Segundo ele, o PT leva vantagem no processo de definição das candidaturas por ser a sigla da presidente da República, Dilma Rousseff, do governador da Bahia, Jaques Wagner e ainda possuir as maiores bancadas e o maior número de filiados, sendo 100 mil em território baiano.

Jonas minimizou as palavras do presidente do PCdoB nacional, porém destacou que o PT está presente nos 417 municípios da Bahia, por isso teria prioridade na condução da pré-candidatura ao governo. “Temos a legitimidade”, disse para em seguida ressaltar, porém, que “respeitamos a postulação de todos os aliados”.

Com histórico de aliança com o PCdoB em todas as últimas eleições estaduais e municipais de Salvador, o presidente do PT reforçou a união dos partidos, principalmente em etapas mais complexas. Na entrevista, o presidente do PCdoB havia atacado o fato de o PT querer escolher sozinho. “Aqui o governador tem uma aliança ampla e tem muitas lideranças que surgiram como fruto dessa aliança, desse governo”.

Mas Jonas preferiu não dar peso às declarações.  “Não vi nenhum problema nisso. Nossa parcerias não envolvem intrigas”, disse de forma taxativa.  “O PCdoB é consultor da primeira hora nos processos, inclusive nos momentos mais difíceis, a exemplo de 1998 que saímos com Zezéu Ribeiro (deputado federal) para o governo e Daniel Almeida (deputado federal) ao Senado, o que significou a retomada da mobilização da esquerda”.

Depois disso, conforme ele,o PCdoB e o PT voltou a repetir a tática das dobradinhas, como a que ocorreu na corrida à Prefeitura de  Salvador, quando  a ex-vereadora comunista Olívia Santana (PCdoB) foi escolhioda vice de Nelson Pelegrino.

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