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Em evento para lançamento da candidatura de Everaldo da Anunciação à presidência do PT na Bahia, realizado no último sábado (09), ficou em evidência o esforço do partido para construir a unidade em torno de um único nome.

Porém, informações de bastidores sugerem que ainda não há consenso. Enquanto as tendências Construindo um Novo Brasil (CNB), Esquerda Popular Socialista (EPS) e Reencantar garantiram marchar unidas em torno do nome de Anunciação, grupos de dentro do PT articulam para o lançamento de candidaturas alternativas no Processo de Eleição Direta (PED), agendado para novembro.

A eleição para a presidência do PT, lugar ocupado atualmente por Jonas Paulo, é um prenúncio da disputa interna para obter um nome para o governo do estado em 2014.

Os três agrupamentos presentes no evento anunciaram, nas entrelinhas, que a candidatura do secretário da Casa Civil, Rui Costa, é irreversível e caminha para ser consolidada na sucessão do governador Jaques Wagner – Costa é apontado como favorito do governador, ainda que nenhuma declaração pública tenha acontecido. Essa informação, por mais que referendada pelas tendências, está longe de ser um consenso entre os petistas.

Ligado a CNB, agora sob a rubrica de Articulação CNB, o secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, justificou sua ausência do evento no sábado por conta de um evento pré-agendado no Rio de Janeiro – ele é outro pré-candidato ao governo estadual. Nos corredores, no entanto, sabe-se o grupo político ligado ao ex-presidente da Petrobras trabalha em torno de outra candidatura à presidência do PT, para fazer páreo a de Everaldo e assim capitalizá-lo para a disputa pelo Palácio de Ondina.

Mesmo que a candidatura não tenha o aval de Wagner, o grupo que deve ter o suplente de deputado federal Emiliano José como candidato a presidente da sigla na Bahia dificilmente acatará um consenso em torno de Anunciação e, consequentemente, em torno de Costa.

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