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A escolha de uma franquia não se limita à análise do investimento inicial e da previsão de faturamento. Por trás dos dados divulgados pelas 2.246 redes de franquias disponíveis no Brasil, segundo levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), há detalhes minuciosos que devem ser considerados, como o histórico da empresa e sua credibilidade no mercado.

De acordo com Christianne Bajon, gerente da consultoria Francap, o futuro empresário precisa avaliar primeiro se a franquia tem a ver com o seu perfil profissional (confira abaixo 50 franquias divididas pelo investimento inicial). “Como ocorre com um emprego, não adianta escolher um negócio que não tem a ver com as afinidades do franqueado”, aconselha.

Com as redes pré-selecionadas, é preciso avaliar as barreiras para a entrada do serviço ou produto no mercado, como concorrência e legislação. Franquias de depilação, por exemplo, ligadas à área de saúde, exigem autorização da agência reguladora, a ANS.

“O ideal é conversar com outros franqueados e com especialistas em micro e pequenas empresas para chegar a essas informações. Ou seja, não considerar apenas os dados passados pelo franqueador”, diz Christianne.

O histórico da empresa também dá pistas para o futuro empresário antecipar negócios duradouros ou “furados”. “O risco de uma franquia muito nova dar errado é muito maior do que o de uma rede mais antiga”, compara a consultora.

Microfranquias

Em expansão no País, as microfranquias também exigem cuidado na hora da avaliação, segundo Marcus Rizzo, sócio da consultoria Rizzo Franchising. “Elas são mais arriscadas porque possuem baixo nível de estruturação e, em sua maioria, não possuem unidades próprias, o que denota falta de conhecimento sobre a operação.”

Mas entre abrir uma marca própria ou optar por uma franquia, no entanto, a segunda opção é mais vantajosa para quem tem pouca experiência com negócios e disposição para seguir as regras do franqueador. “Faz parte da franquia passar todo o know-how para o franqueado. Com isso, a chance de algo dar errado na administração do negócio é menor”, considera Claudia Bittencourt, diretora geral do Grupo Bittencourt.

Segundo Rizzo, enquanto 23% dos pequenos negócios independentes morrem no primeiro ano de vida, no caso das franquias essa taxa é reduzida para 3%. “Adquirir uma franquia significa comprar a experiência consolidada de quem tem para quem não tem”, conclui.

O faturamento do setor foi de R$ 88,854 bilhões em 2011 e chegou a para R$ 103,292 bilhões em 2012; alta de 16,2%.

Confira abaixo levantamento do iG com 50 franquias, dividas pelo investimento inicial:

 

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