Tumulto faz Marco Feliciano fechar novamente sessão na CDHM

Tumulto faz Marco Feliciano fechar novamente sessão na CDHM

Pela terceira vez uma reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) é interrompida em razão de manifestações. Após abrir novamente ao público, o deputado federal, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), decidiu nesta quarta-feira (10) suspender novamente uma sessão da CDHM, no qual é presidente, devido ao tumulto provocado pela presença de manifestantes.

Ontem Feliciano concordou em renunciar a presidência do colegiado se os petistas João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) saíssem da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O colégio de líderes acabou se dividindo sobre a permanência de Feliciano, o que lhe deu ainda mais argumentos para que continuasse no cargo. Grupos militantes LGBT criticam o parlamentar por contestar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e se posicionar contra a adoção de crianças por homossexuais.

A sessão iniciou às 14h26 com presença de 40 evangélicos, que apoiam o líder da igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento. Além dos evangélicos, 15 ativistas LGBT protestavam contra Feliciano.

Na semana passada, o deputado tinha decidido fechar ao público as sessões da comissão, devido ao tumulto provocado pelos protestos, que impediam o debate entre os parlamentares. Após apelo do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), Feliciano decidiu reabrir as sessões ao público.

Doze minutos depois de iniciada a sessão desta quarta, o deputado determinou a transferência da sessão para um plenário ao lado, somente com a presença de parlamentares, assessores e jornalistas.

“Neste momento, dado tudo o que está acontecendo, eu vou suspender a sessão por 15 minutos e nós vamos para o plenário 1 – somente convidados”, anunciou Feliciano aos integrantes da comissão.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “Não, não me representa”, e os evangélicos aplaudiam Feliciano e gritavam “fica, fica”.

Como as manifestações impediam o pronunciamento dos parlamentares da comissão Feliciano optou por transferir a sessão para outra sala. O parlamentar também justificou que a decisão de fechar a sessão era para garantir a ordem.

“Uma vez que há tumulto, cabe a mim tomar a decisão de viabilizar o funcionamento da comissão”, disse a jornalistas antes de se dirigir a outra sala de reuniões.

Gospel Prime

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