G1, em Brasília

O vice-presidente nacional do PSC, Everaldo Pereira, afirmou nesta terça-feira que o partido irá manter o apoio ao presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano (PSC-SP), para permanecer no comando da comissão. Desde sua indicação, o deputado sofre pressão para deixar o posto por conta de declarações consideradas homofóbicas e racistas.

Segundo o dirigente da sigla, o PSC “não abre mão” da indicação de Feliciano. A decisão foi anunciada após reunião da Executiva e da bancada do PSC na Câmara, na tarde desta terça.

“Quero pedir respeitosamente que as lideranças de partidos da Casa respeitem a indicação do PSC. Informamos aos senhores que o PSC não abre mão da indicação feita. O deputado Marco Feliciano foi eleito pela maioria dos membros da comissão. Se tivesse sido condenado pelo Supremo nem teria sido indicado”, afirmou o Everaldo Pereira.

“Feliciano é um deputado ficha limpa, tendo então todas as prerrogativas de estar na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias”, completou.

Mais cedo, nesta terça, o líder do PSC na Câmara, deputado André Moura (SE), já dissera quenão admitirá que seu partido seja forçado a destituir Feliciano. Na semana passada, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), cobrou do PSC uma solução até esta terça para o caso de Feliciano; disse, na ocasião, que a situação do deputado era “insustentável”.

Feliciano enfrenta protestos desde que foi indicado, no início de março, para comandar a Comissão de Direitos Humanos. A pressão se avolumou na semana passada após o deputado ter divulgado um vídeo que diz que as manifestações eram “rituais macabros”.

O deputado também é alvo de uma denúncia da Procuradoria Geral da República que o acusa de suposta homofobia e uma ação penal na qual é denunciado por estelionato. A defesa do parlamentar nega as duas acusações.

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