EFE

A al-Qaeda na Península Arábica pediu aos muçulmanos que se unam para continuar os protestos e conseguir o fechamento das embaixadas dos Estados Unidos em seus países, segundo um comunicado divulgado neste sábado (15) pelo grupo terrorista.

Até esta sexta-feira (14), oito pessoas haviam morrido durante as manifestações, sendo três mortes na Tunísia, uma no Líbano, país que recebe a visita do papa Bento XVI, três no Sudão e uma no Egito

A organização solicitou “aos irmãos muçulmanos no Ocidente que realizem seus deveres para apoiar o profeta” Maomé, porque considerou que são mais capazes de se aproximar do “inimigo”.

“O que aconteceu é algo muito grande, por isso devemos unir os diferentes esforços com um só objetivo que é a expulsão das embaixadas americanas dos países muçulmanos e que continuem as manifestações e protestos”, diz a nota, cuja autenticidade não pôde ser verificada.

Dentro desses esforços, a al-Qaeda apontou “como o melhor exemplo o que fizeram os netos de Omar Mukhtar (herói da independência líbia), que assassinaram o embaixador dos EUA”.

A organização terrorista se referia à morte do embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, que morreu na terça-feira (11) passada junto com outras três pessoas em um ataque armado contra o consulado em Benghazi, no leste da Líbia, durante os protestos pelo vídeo do profeta Maomé.

Para a al-Qaeda na Península Arábica, que tem sua base no Iêmen, o fechamento das embaixadas e consulados norte-americanos será o passo “para a libertação dos países muçulmanos da hegemonia e da soberba americana”.

Muçulmanos paquistaneses queimam bandeira dos Estados Unidos durante manifestação em Quetta. (Foto: Banaras Khan / AFP Photo)Muçulmanos paquistaneses queimam bandeira dos Estados Unidos durante manifestação em Quetta. (Foto: Banaras Khan / AFP Photo)

Em relação ao vídeo do profeta, considerado blasfemo pelos muçulmanos e que desencadeou ataques e protestos contra sedes diplomáticas dos EUA em vários países, o grupo terrorista assinalou que “se dá no marco de uma cadeia seguida de guerras cruzadas contra o Islã”.

“Em resposta a estas contínuas agressões, os povos muçulmanos se sublevaram em seu apoio e zelo pela dignidade e honra de nosso profeta”, acrescenta a nota, que ressalta que “esta ofensa transformou a malícia do inimigo em vergonha e infortúnio como castigo”.

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