A tarde

Os professores da rede estadual de ensino, que decidiram pela manutenção da greve, sofrerão cortes de ponto por conta dos dias de paralisação, conforme anunciou nesta quarta, 18, a Secretaria de Educação do Estado, por meio de sua assessoria de comunicação. Hoje, a paralisação da categoria completa nove dias.

As secretarias de Educação e da Administração já encaminharam às diretorias regionais de educação o comunicado para que sejam enviadas às secretarias as folhas de frequência dos educadores. A medida segue a decisão do Tribunal de Justiça, que decretou a ilegalidade da greve. O corte incluirá o período desde o dia em que a greve foi deflagrada pelos professores. Segundo o coordenador-geral da APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Rui Oliveira, caso o governo não cumpra o prometido, a greve não tem prazo para acabar, embora a Procuradoria Geral do Estado tenha decretado a ilegalidade do movimento. Ele criticou a determinação judicial de cortar o ponto dos grevistas e garantiu que deve recorrer da decisão.

Sem acordo, o impasse continua entre o governo e os cerca de 40 mil educadores. A paralisação deixa 1,5 milhão de alunos sem aula em todo o Estado.

Os professores reivindicam 22,22%  de reajuste e não aceitam o parcelamento do aumento até abril de 2013. Enquanto o governo alega falta de recursos para atender às reivindicações,  os docentes não estão dispostos a ceder, o que deixa a decisão para a próxima semana, quando devem ser votados os projetos de lei que tratam das exigências da categoria. Na manhã desta quarta, os grevistas protestaram em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

Estampando camisas com os dizeres “governador, acordo é para ser cumprido”, os professores promoveram um “apitaço” em frente ao prédio, apoiados por estudantes de municípios como Simões Filho (Grande Salvador) e Governador Mangabeira (a 130 km da capital).

De lá, o grupo seguiu para a Assembleia Legislativa.

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