A Tarde

O Ministério da Saúde (MS) anunciou, nesta sexta, 09, que reforçará, juntamente com os gestores locais, a rede de assistência aos usuários de crack e outras drogas na Bahia. Segundo o anúncio, serão criados no Estado 142 novos leitos e qualificados outros 49 (totalizando 191) em enfermarias especializadas em álcool e drogas, destinados a internações de curta duração, além de 26 novas unidades de acolhimento, sendo 18 destinadas ao atendimento de adultos e oito para crianças e adolescentes.

O MS comprometeu-se a investir R$ 96,7 milhões para a implantação destes serviços. A ampliação do número de leitos é uma das ações do plano Crack, É Possível Vencer, lançado pela Presidência da República no início da semana. O plano envolve ações dos ministérios da Saúde, Educação e Justiça, que atuarão articulados com estados e municípios e sociedade civil.

Ao todo, serão investidos R$ 4 bilhões, até 2014, em ações que vão desde a prevenção até o enfrentamento ao tráfico de drogas. “Temos que oferecer um novo projeto de vida ao dependente químico porque a relação com a droga tem relação com o lugar onde ele vive, com o espaço social, a sua condição na família. Isso exige serviços de saúde diferentes para necessidades diferentes”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Rede – Integram a rede de atenção a dependentes químicos os consultórios na rua, enfermarias especializadas em álcool e drogas, unidades de acolhimento adulto/infantil, Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas 24 horas (Capsad) e as instituições da sociedade civil que fazem atendimento a dependentes químicos, que serão habilitadas a receber recursos do SUS, se cumprirem critérios de qualidade do atendimento. A rede está interligada também aos serviços da atenção básica e ao atendimento de urgência e emergência.

As ações do plano estão estruturadas em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção. Os recursos serão liberados mediante adesão de estados e municípios. “O enfrentamento ao crack e outras drogas se dará por meio de um grande esforço para reorganizarmos a rede”, afirma Padilha.

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