O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), vem tentado se diferenciar do seu padrinho político, Aécio Neves. Eleito em 2010 com a força do atual senador tucano por Minas, de quem foi vice, Anastasia quer
construir sua própria trajetória política.

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Em entrevista ao iG, Anastasia exalta Aécio, a quem descreve como uma “estrela da política nacional”, mas faz
questão de frisar que tem voo próprio. Parafraseando o tucano paulista José Serra, Anastasia afirma que
sua gestão é de continuidade sem continuísmo e elogia diversas vezes a presidenta Dilma Rousseff, contra quem Aécio vem elevando o tom desde o começo deste ano. Em 2002, Serra usou esse mote, na sua campanha à Presidência da República, para se diferenciar do então presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem mantinha divergências em relação à política econômica.

“Nós temos por mote dizer que o nosso governo iniciou-se em 2003, porque é
uma continuidade. Não há um continuismo, mas há uma continuidade de ações, de
projetos, de programas”, disse Anastasia em entrevista ao iG no
Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa, sede do governo do Estado desde
2010.

 

Aos poucos, o governador mineiro também tem suavizado a imagem de gerente do
choque de gestão, que se tornou a principal bandeira do governo Aécio, e
ampliado seu portfólio político – assumindo, inclusive, o papel de articulador.

Para 2012, ele defende a aliança entre PT e PSDB em
torno do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, e diz que vai
trabalhar para que ela seja reeditada. “Eu acredito que há boa possibilidade de
repetição da aliança, mas, evidentemente, vai depender da conversa entre os
partidos, tanto a nível local quanto a nível nacional”, frisou.

Anastasia avança ainda sobre uma bandeira cara ao PT – e que se tornou o
ponto mais fraco de seu partido, o PSDB. Anastasia afirma que a marca de sua
gestão é a obsessão com a criação de empregos e prega que sua legenda “tenha
bandeiras sociais firmes”.

Diante disso, o tucano reconheceu que o salário dos
professores do Estado – que fizeram greve de mais de 100 dias neste
ano
– está defasado, que eles merecem reajuste, mas nega que a
educação pública seja ruim. “Em Minas, é de muita boa qualidade”, defende o
tucano, para quem os aumentos só não vieram antes porque ele e Aécio encontraram
uma situação muito ruim nas finanças públicas.

Navegue pelo infográfico acima, assista aos principais trechos da entrevista
com Anastasia e veja a nota que ele dá à sua gestão, suas opiniões sobre Dilma e
a avaliação que faz da relação entre seu governo e o Palácio do Planalto.

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