O mercado de voos regionais do Brasil deve ser o quarto maior do mundo em 2030, segundo as previsões de divulgadas pela fabricante Airbus nesta quarta-feira com relação ao cálculo de passageiro por quilômetro pago transportado (RPK, na sigla em inglês). O país ficaria atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia.
O vice-presidente executivo de Airbus para a América Latina e o Caribe, Rafael Alonso, explicou que o Brasil precisa de 700 aeronaves comerciais com capacidade além de 100 passageiros até a data prevista para atender o aumento da demanda. O volume da receita que chegaria a US$ 82 bilhões, vai colocar o Brasil em sétimo lugar no mercado de aviões para escala mundial.
No conjunto da América Latina, a demanda de novas aeronaves chegará a 2 mil unidades até 2030. Segundo os cálculos da companhia, isso representa um mercado de US$ 197 bilhões. Al onso afirmou que o tráfego aéreo estudado em RPK da América do Sul vai atingir um crescimento anual de 6%, ultrapassando o mundial, que deve constar em 4,8%.

Ainda de acordo com o diretor, 70% do tráfego aéreo mundial vai se concentrar em países emergentes dentro de 20 anos. O motivo seria, em parte, o impulso de mercados como o do Brasil, que cresce em um ritmo elevado em comparação à região, após marcar um aumento de 87% em assentos oferecidos entre 2000 e 2010.

Entre as prováveis causas do aumento do mercado brasileiro de aviação civil está a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) , assim como a expansão da classe média e o desenvolvimento do turismo nacional, como apontou a empresa Airbus.

Alonso explicou que as crises financeiras mundiais não devem atrapalhar o setor, que segue com uma previsão de evolução sistemática pela empresa, e indicou ainda que o número de passageiros dobra a cada 15 anos.

A Airbus concentra 72% dos pedidos brutos do mercado mundial, ultrapassando a empresa Boeing, que liderou o setor até a década de 90, como explicou o diretor. Ele garantiu também a previsão de que novos concorrentes surjam nos próximos anos, o que disse ser positivo tanto para os passageiros como para as companhias.

Fonte: Redação SRZD

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