Tribuna da Bahia

O corretor de imóveis francês, Henrir Marie Dominique, 72 anos, foi executado com cinco tiros na noite de anteontem. A principal linha de investigação usada pela polícia para elucidar o crime é a hipótese de latrocínio – roubo seguido de morte – já que os criminosos levaram a aliança e o relógio Rolex da vítima. O crime ocorreu na Rua do Telégrafo, no bairro Mundaí, orla norte de Porto Seguro. A vítima estava a cinco dias na cidade.

Morador de Luxemburgo, o francês estava hospedado junto com a esposa, Brigitte Gisele Ida Drouot, 58. Por volta das 20 horas, ele saiu do hotel e disse que iria caminhar. Horas depois, a vítima foi encontrada por populares com quatro tiros na cabeça e um na mão esquerda. Agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da cidade identificaram a falta da aliança da vítima e um
relógio. 

O delegado Ricardo Feitosa, titular da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), em Porto Seguro, que investiga as
circunstâncias e a autoria do assassinato  do francês, já ouviu a esposa da
vítima e uma testemunha. Dois dos cinco projéteis alojados na cabeça e na mão
direita da vítima foram encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT)
para exame microcomparativo de balística. Vestígios da pele do provável
criminoso, presentes nas unhas do aposentado francês, também passarão por exame
de DNA.

O Instituto Médico Legal liberou o corpo de Henri Marie, que será transladado
para Luxemburgo, país europeu onde trabalhava, antes de se aposentar, como
corretor de imóveis, e atualmente residia em companhia da esposa, com quem casou
há cinco meses, depois de quase nove anos de relacionamento.

No depoimento prestado na Deltur, com ajuda de um tradutor, a esposa declarou
que, cinco dias antes do assassinato, eles foram atacados por um assaltante
durante uma caminhada num trecho de praia entre o centro da cidade e o hotel
onde estavam hospedados, na Avenida Beira Mar.

A mulher da vítima informou também ao delegado Ricardo Feitosa que o
desconhecido lhe aplicou um golpe conhecido como ‘gravata’ e exigiu dinheiro e outros pertences.
O marido Henri Marie reagiu entrando em luta corporal com o ladrão, momento em
que Brigitte conseguiu escapar e procurar uma guarnição da Polícia
Militar.

Encontrado com lesões na cabeça e um corte no pescoço, o turista
francês permaneceu internado num hospital local até terça-feira, e, contrariando
determinação médica, deixou a unidade hospitalar, retornando ao
hotel. À noite, decidiu sair para jantar com um amigo do local de prenome Diego,
no centro de Porto Seguro.

Também interrogado na Deltur, Diego, filho de uma amiga do casal residente em Luxemburgo, declarou
que, por volta de 20h30, Henri pediu que o deixasse sozinho, pois queria
caminhar de volta ao hotel desacompanhado. Na manhã desta quarta-feira (26),
Diego foi informado por policiais civis que o francês tinha sido morto durante
um assalto.

OUTRO CASO – Em julho deste ano, a também francesa, Catherine Sylavaine
Marth, 61, foi encontrada por moradores de uma praia da Ilha de Boipeba,
município de Cairú, na Bahia, com ferimentos graves na cabeça.

Ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do
Estado (HGE), onde permaneceu em coma induzido. Mesmo após ter saído do coma, a
vítima não soube explicar o que teria acontecido com ela. Na época a polícia
afirmou que, provavelmente, Catherine teria caído ao tentar tirar uma foto

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