Para tentar mapear a complexidade e a mente inquieta do jovem Glauber Rocha – aquele que viria ser um dos maiores nomes do cinema brasileiro – , o amigo, jornalista e compositor Nelson Motta frequentou a ponte aérea Salvador-Rio de Janeiro, para conversar com pessoas próximas ao
filho ilustre de Vitória da Conquista, como a mãe de Glauber (hoje com 92 anos, e que foi ao lançamento no Rio), os escritores João Ubaldo Ribeiro, João Carlos Teixeira Gomes, Fernando da Rocha Peres, a primeira mulher de Glauber, Helena Ignez, além de colegas de trabalho e personalidades como o próprio Ventura e Caetano Veloso. “A Primavera do Dragão” trata-se de uma detalhada descrição em tom romanceado dos anos de formação, a ebulição da criatividade e a obsessão de um dos mais representativos nomes do Cinema Novo, movimento de renovação
estética do início dos anos 1960. Nelson Motta contou ao jornalista Sandro Bahiense, que o próprio Glauber não gostava de lembrar de seu passado, preferindo sempre tratar de projetos futuros. “Com isso, ele escondia histórias maravilhosas”. Como a da precocidade intelectual – ainda moleque, ele impressionava os professores ao discutir sobre Nietzsche. A escola, aliás, era
um palanque para sua rebeldia, traduzida nos virulentos discursos contra a forma como era praticado o ensino. O livro da editora  Objetiva, tem 368 páginas e está sendo vendido em todo o Brasil por R$ 56,90. Informações do Correio.

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