Um grupo de professores da Rede Municipal de Ensino está participando das oficinas oferecidas pelo projeto “O que se aprende com o cinema: saberes e fazeres na relação cinema educação”. Trata-se de uma parceria que envolve a Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria Municipal de Educação, e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), através do programa Janela Indiscreta Cine-Vídeo Uesb.

A quarta edição foi iniciada em 30 de setembro, com a oficina “Enredos da Vida, Telas da Docência: Os Professores e o Cinema”, sob responsabilidade da professora dr.ª Inês Teixeira. Na última sexta-feira, 7, e no sábado, 8, foi realizada a segunda rodada de oficinas, desta vez com a professora dr.ª Adriana Fresquet. O tema foi “Cinema e Memória: Biografias, Trajetórias e Práticas Sociais”. Todas as atividades estão sendo realizadas na UESB, no módulo onde se localiza a sede do Janela Indiscreta.

‘NOVAS METODOLOGIAS’ – Para o professor Davino Nascimento, que participa das discussões do projeto desde as primeiras edições, as oficinas deste ano já estão trazendo resultados práticos. “Isso me ajudou bastante a entender a lógica dos meus alunos”, explica Davino, que leciona Língua Portuguesa no Centro Educacional Eurípedes Peri Rosa, no distrito de Bate Pé. É lá que ele se mantém como um dos principais articuladores do Festival de Cinema de Bate Pé – que, este ano, terá sua terceira edição.

Davino afirma que se sentiu atraído pelas discussões trazidas por Adriana Fresquet, que tiveram foco na produção do cineasta Jean Luc Godard. Ele garante que, após a oficina, passou a ver com outros olhos algumas das produções feitas por seus alunos no Festival de Bate Pé. “Diversos filmes que os meninos defenderam no ano passado têm um final diferente, têm umas emendas que não seguem uma lógica linear”, explica. “A partir dessa oficina, pude entender melhor, e isso vai facilitar o meu diálogo com a criançada no meu ambiente de trabalho”.

Alexandre Dourado Monteiro também afirma ter se identificado com as discussões sobre o cinema de Godard. “Vamos saindo do cinema tradicional e buscando novas metodologias”, diz o professor. “Assim, percebemos que não temos de seguir uma ordem única no cinema”.

Juntamente com outros colegas, Alexandre participou do Festival de Cinema de Bate Pé em 2010, e pretende levar a experiência adiante na Escola Municipal Paulo Setúbal, em Inhobim, onde dá aulas de Ciências. “Tomamos gosto pelo projeto e etsamos tentando levá-lo para Inhobim. E, a partir daí, vamos tentar desenvolver alguns projetos relacionados a temáticas gerais e específicas da disciplina”, disse. SECOM/PMVC

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