Romulo Faro/Tribuna

A informação de que o PMDB estaria de mãos dadas com a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), para eleger seu sucessor em 2012, anunciada pelo site Bocão News, acabou por marcar o início de mais uma nova era entre as duas legendas na Bahia, a possibilidade de reconciliação. Ainda que parcialmente.
Desde 2009, quando o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima resolveu declarar guerra a Jaques Wagner (PT) e se lançar candidato a governador no ano passado, quando petistas e peemedebistas são abordados sobre a reaproximação, categoricamente e até vorazmente, a resposta é sempre “não”. Pelo jeito, agora, vai surgindo um novo tempo.

“Somos
democráticos, vamos conversar com qualquer partido. Não somos como o PT”,
afirmou o presidente do PMDB na Bahia, deputado federal Lúcio Vieira Lima. O líder, no entanto, disse que até então não tinha conhecimento
da articulação.

“Não estamos preocupados com coligação agora.
Vou trabalhar para ter candidatos próprios em todos os 417 municípios, nem que
seja para ter 300, 400 votos, como o PT sempre fez”, disparou. A pré-candidata
do PMDB em Lauro é Dal, que foi candidata a vice-prefeita em 2008 na chapa
encabeçada pelo ex-deputado Roberto Muniz.

O presidente do PT, Jonas
Paulo, não só não descartou a possibilidade de aliança com o PMDB nos
municípios, como encheu os colegas de elogios. Jonas colocou como única
condicionante para os petistas não se aproximarem dos peemedebistas o caso de o
partido se alinhar com DEM e PSDB.

“Eu ainda não estou sabendo
disso. Agora, nós não estamos demonizando o PMDB. O PMDB, estando unido ao
governo federal e querendo apoiar nosso projeto nos municípios, será muito bem-vindo. Só não vamos
entrar em aliança onde eles estiverem alinhados com o DEM e com o
PSDB.

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