Tribuna da Bahia

O total de crédito do sistema financeiro no Brasil desacelerou em julho e a inadimplência cresceu alcançando o maior patamar em 17 meses com os atrasos nos pagamentos das pessoas físicas segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central.

Segundo o BC, o estoque de financiamentos aumentou 1,1% em julho sobre o mês anterior, chegando a 47,3% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 1,854 trilhão. O desempenho indica um recuo na comparação com os dois meses  anteriores. Em maio e junho, o avanço mensal havia sido de 1,6%. O BC avalia que haverá uma “acomodação” da inadimplência ainda no segundo semestre, e afirmou que a moderação do crédito já reflete o aperto monetário e a desaceleração da
atividade econômica, ainda que também haja uma influência sazonal.

As novas concessões com créditos livres, que excluem financiamentos com taxas fixadas em programas governamentais, caíram 5,1% na média diária do mês, para R$ 8,477 bilhões.

“O crédito livre está refletindo sem dúvida um ambiente mais restritivo das condições creditícias, por conta da política monetária e das medidas macroprudenciais”, diz o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. Ele ponderou que parte do desaquecimento também pode ser atribuído a uma tendência sazonal, em um provável efeito das férias.

Banco Central – Os dados do BC apontam que a inadimplência avançou de 5,1% em
junho para 5,2% em julho, maior nível desde fevereiro do ano passado, quando
estava em 5,3%, refletindo o crescimento na inadimplência das pessoas físicas
que foi de 6,4% para 6,6% no mês. Entre as empresas, o comportamento ficou
estável em 3,8%.

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