As Bolsas de Valores de Tóquio e Hong Kong inauguraram em baixa o pregão das principais bolsas de valores do mundo, após o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Standard & Poor’s. Seguindo a expectativa de analistas, o índice Nikkei 225 abriu em queda de 1,52% e encerrou suas operações em baixa de 2,18%. Já a Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, registrou queda de  2,17%.

Na sexta-feira, a Bolsa de Tóquio já havia fechado em queda de 3,72%, ainda repercutindo o pessimismo sobre a crise da dívida dos Estados Unidos e a na Europa.
O recuo das bolsas de Hong Kong e Tóquio é um indício de que a segunda-feira será de tensão mundo afora. Na imprensa internacional, o noticiário traz temores sobre uma possível “segunda-feira negra”, em uma reedição do dia 19 de outubro de 1987, quando o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sofreu uma queda de 22%.

Ainda na Ásia, a Bolsa da Coreia do Sul abriu em queda e
encerrou o pregão com baixa de 3,82%, enquanto o índice S&P/ASX 200 INDEX,
da Austrália, recuou 2,91%. No mercado futuro, o petróleo também operava em queda na Ásia.

Europa

Na Espanha e na Itália, o mercado reagiu ao anúncio
de compra de títulos dos dois países pelo Banco Central Europeu, e abriu o pregão desta
segunda-feira em alta. O índice FTSE MIB da Bolsa de Valores de Milão iniciou
suas operações em alta e, após os primeiros minutos de cotação subia 0,29%, para
16.062,50 pontos. O índice geral FTSE Italia All-Share subiu 0,06%, para
16.728,86 pontos. Na Espanha, o IBEX 35 INDEX, registrava alta de 2,35% por
volta das 5h50.

O mesmo não acontece com as bolsas na Alemanha,
França e Inglaterra. O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em
baixa de 0,8%, aos 6.193 pontos. O FTSE-100, em Londres, operava em queda de
0,41% e o CAC-40, em Paris, registrava uma baixa de
0,61%.

Lideranças mobilizadas

Durante o fim de
semana, as principais lideranças econômicas globais discutiram a situação do
mercado, para evitar uma onda de contágio global. Os investidores aguardam o
posicionamento do G7 (grupo das sete maiores economias do mundo) sobre a
situação norte-americana.

No encontro do G20, não houve pronunciamentos
oficiais, mas o ministro das Finanças da Coreia do Sul, Choi Jong-Ku, disse que
“sérias discussões” são mantidas, ao mesmo tempo em que reforçou, ao menos no
discurso, a confiança do país na economia dos Estados Unidos.

Bolsas no mundo

A queda nos mercados acionários
começou mais cedo, em bolsas de menor expressão.

No pregão de domingo, o
primeiro dia útil em Israel, a bolsa de valores local fechou em forte baixa de
6,99%. Mais cedo, no início do pregão, a bolsa de Israel entrou em circuit braker (quando as operações são suspensas),
ao abrir os negócios despencando 6,5%.

A Bolsa da Arábia Saudita, a
primeira a operar após o rebaixamento dos EUA, na sexta-feira à noite, fechou o
domingo praticamente estável, em leve alta de 0,08%. No sábado, o pregão
pós-rebaixamento, o mercado local havia caído 5,4%.

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