Crescer/G1

Quando a inglesa Heather Skinner’s estava com cerca de 21 semanas de gravidez, os médicos a aconselharam a interromper a gestação, pois dificilmente a menina, que já tinha ganhado o nome de Charley-Marie, sobreviveria. Por meio de exames, os especialistas descobriam que havia um tumor na parte esquerda do coração da garota, o que fazia com que o fluxo sanguíneo fosse prejudicado, noticiou o jornal britânico Daily Mail. Porém, Heather e o marido, Andy, decidiram que iriam ter a filha, pois preferiam que, se fosse mesmo o caso, a menina morresse naturalmente a
induzir um aborto.
Mesmo com a decisão, os médicos disseram para o casal iniciar os preparativos para o funeral. Eles ainda tiveram de contar aos outros cinco filhos que eles provavelmente não teriam mais uma
irmãzinha. Heather disse ao jornal que quando soube da notícia, ela e o marido ficaram em um quarto do hospital e a única coisa que conseguiam fazer era chorar. Já em casa, contaram com o apoio de uma parteira que os ajudaria a lidar com o inevitável.

“Todos os dias eu me perguntava se ela ainda estava
viva dentro de mim”, contou Healther. Mas, contra todas as probabilidades,
Charley-Marie surpreendeu os médicos e sobreviveu. Ela nasceu em janeiro do ano
passado, três semanas antes do previsto. Imediatamente após o nascimento, a
garota foi levada para a UTI do hospital para que fossem realizados exames no
seu coração. O tumor ainda estava lá, contudo, de alguma forma, o coração da
menina encontrou uma maneira de bombear o sangue.

As primeiros 48 horas
de vida de Charley-Marie foram críticas e família ficou sem saber o que
aconteceria. Mas três dias após o nascimento, ela foi autorizada a ir para casa
com os pais. A família, que esperava pelo pior, sequer tinha preparado o enxoval
do bebê. “Não tínhamos nem comprado roupas para ela, apenas um cobertor que
seria usado em seu enterro”, contou Andy ao jornal.

Apesar da alegria
inicial, os médicos novamente foram taxativos: a menina não sobreviveria ao
primeiro aniversário. Com 5 meses, ela foi diagnosticada com esclerose
tuberosa
, uma doença rara que causa tumores benignos em órgãos vitais.
Não há cura e os especialistas disseram que uma cirurgia não adiantaria.

Mais uma vez contrariando as expectativas, Charley-Marie teve, sim, sua
festa de aniversário de 1 aninho, com direito à família reunida e fogos de
artifício. Hoje, aos 19 meses, a menina se comporta com qualquer criança de sua
idade, segundo a mãe. “Os médicos não tem ideia do que vai acontecer com o
coração dela. E nós apenas esperamos pelo melhor”, afirmou.

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