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Comerciante foi preso com 23 talões em Barreiras, no oeste do estado. Polícia suspeita que ele vendia cheques há cerca de um ano.

Suspeito vendia cada folha de cheque por R$ 10

Um comerciante suspeito de estelionato foi preso na quinta-feira (14) em Barreiras, a 905 km de Salvador. Segundo a polícia, ele usava talões de cheque de forma indevida.

A Polícia Civil da cidade apreendeu 23 talões de cheque em branco da Caixa Econômica Federal que estavam com o suspeito. O delegado titular de Barreiras, Joaquim Rodrigues, suspeita que o homem vendia os cheques há cerca de um ano. “A Caixa informou que um exemplar de talões foi solicitado em março do ano passado [2010]. A gente imagina que ele adquiriu esses talões de março pra cá”, informou o delegado.

Um gerente do banco comprovou a autenticidade dos cheques. Os talões eram de cheques especiais de inúmeros clientes, inclusive dois talões são da deputada estadual Kelly Magalhães, eleita pelo município de Barreiras em 2010.

O suspeito contou à polícia que vendia as folhas de cheque, cada uma delas por R$ 10. “Mixaria, né? Vendi uns dois ou três talões… Minha esposa até falou para eu queimar tudo, eu tava pensando em fazer isso, o que era o certo”, conta o suspeito.

Ele disse ainda que achou os talões dentro de uma caixa de papelão na esquina da agência da Caixa Econômica em Barreiras. A história não convenceu o delegado que continua as investigações sobre o caso. “Essa história não convence a polícia, nós estamos investigando e agora estou ouvindo o gerente da Caixa. No inquérito vai ser apurado se ele estava agindo sozinho, mesmo porque ele declarou que já vendeu parte desses talões para pessoas que a gente também vai localizar e ouvir”, explica Rodrigues.

A polícia ainda não sabe quantos clientes foram prejudicados com a ação do suspeito, e orienta procurar a delegacia aos quem tiveram cheques descontados sem que o documento fosse emitido pelo portador. De acordo com a polícia, os cheques vão ser devolvidos ao banco. O suspeito de estelionato pode ser condenado com pena de até cinco anos de prisão.

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