Recursos da concessão dos grandes aeroportos à iniciativa privada podem beneficiar terminais de médio porte

Além dos investimentos previstos nos aeroportos das cidades-sede dos jogos da Copa de 2014, o evento também pode trazer melhorias para os aeroportos regionais do Brasil. Segundo o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Portuária Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale, a outorga e os dividendos da privatização dos grandes aeroportos podem melhorar a situação dos outros terminais administrados pela Infraero.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Transporte Aéreo (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis, a privatização dos aeroportos de grande porte pode ser positiva para os regionais. “O mais importante é analisar qual modelo de concessão será proposto. As privatizações precisam ser sinônimo de me lhoria na qualidade dos serviços, e não aumento de tarifas”, destaca.

Entre as dificuldades que precisam ser sanadas, destacou Lazaro, a mais urgente é a estruturação do sistema de combate a incêndios para atender às exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A lista de melhorias também inclui reformas em terminais de passageiros, adequação da pista para operar aviões e instalação de equipamentos que tragam mais segurança para pousos e decolagens.

Investimentos
Nessa terça-feira (14), Gustavo do Vale participou de um debate com representantes do setor industrial e apresentou o cronograma das obras e as principais ações que serão executadas para a Copa. Segundo ele, os investimentos no setor vão continuar mesmo com a concessão de alguns aeroportos à iniciativa privada.

No caso dos 13 terminais situados nas cidades-sede dos jogos, o governo investirá R$ 5,6 bilhões nos próximos três anos.

No Aeroporto Internacional de Brasília, por exemplo, as obras já estão em andamento e a previsão é que sejam investidos R$ 748,4 milhões na construção de pátios para aeronaves e na reforma e ampliação de terminais. Segundo a Infraero, o fluxo de passageiros no aeroporto da capital federal deve crescer 10,4% entre 2011 e 2014.

Fonte: Agência CNT de Notícias, por Rosalvo Júnior

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