Bahia e Atlético-MG reviveram um tradicional confronto do futebol brasileiro, que não era disputado já oito anos. E no reencontro entre as equipes, tudo igual. Tricolores e alvinegros empataram em 1 a 1, com gols apenas no segundo tempo. Souza, de pênalti, marcou para o Bahia, e Neto Berola, de cabeça, fez para o Galo. A partida foi realizada no estádio Pituaçu, em Salvador, e foi válida pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.
A partida foi marcada pelos erros do trio de arbitragem, comandado por Marcos André da Penha, do Espírito Santo. Na primeira etapa, anulou um gol legítimo de Fahel, para o Bahia, alegando, equivocadamente, posição de impedimento. No segundo tempo, marcou pênalti para os donos da casa, em um toque inexistente na mão do zagueiro Leonardo Silva. Além disso, anulou um gol do Atlético-MG, por impedimento, também incorreto, de Dudu Cearense.

Jobson, pivô de uma polêmica durante a semana, foi um dos destaques da
partida. O jogador emprestado pelo Galo, só entrou em campo porque a diretoria
do Bahia prometeu pagar uma multa de R$ 60 mil, prevista em contrato.

Com o resultado, o Atlético-MG, mesmo sem vencer nas
duas últimas rodadas, permaneceu no G-4 da tabela de classificação, com sete
pontos. Já o Bahia, com apenas dois pontos ganhos, segue na zona de
rebaixamento, na 18ª posição.

 

Os dois times voltarão a campo na próxima semana. No sábado, às 18h30m (de
Brasília), no Engenhão, o Bahia encara o Fluminense. Já o Atlético-MG jogará em
casa e receberá o Atlético-GO, no domingo, às 18h30m, na Arena do Jacaré, em
Sete Lagoas.

 

Reclamações e chances de gol

 

No primeiro tempo, o Bahia reclamou da arbitragem, em dois momentos, no
começo do jogo. Aos 4 minutos, Fahel recebeu passe de Lulinha e marcou para o
Tricolor, mas o bandeirinha, equivocadamente, viu impedimento e anulou o gol.
Pouco depois, foi a vez de Jobson chiar com o árbitro. O atacante cruzou na
área, e a bola desviou na mão de Rafael Cruz. Marcos André da Penha interpretou
o lance como legal e deixou a partida seguir.

 

O Atlético-MG também levava perigo ao gol de Marcelo Lomba. Magno Alves e
Mancini assustaram a torcida do time da casa, com um cabeceio e um chute
cruzado, que explodiu na trave. Ricardinho e Jobson, ex-jogadores do Galo, eram
os mais perigosos do Bahia. Souza era quem destoava dos dois e não dava
sequência à maioria das jogadas.

 

Pelo time mineiro, Giovanni Augusto, além da dupla de ataque, estava bem em
campo. O lateral Leandro, bem pelo lado esquerdo, também era uma das opções
ofensivas. Mesmo com várias boas chances criadas pelas duas equipes, o gol
teimou em não sair no primeiro tempo. Bahia e Atlético-MG voltaram para os
vestiário com o 0 a 0 no placar.

 

Arbitragem polêmica e empate que veio do banco

 

O árbitro voltou para o segundo tempo sendo chamado de ladrão pela torcida do
Bahia, pelos supostos erros da etapa inicial. E a pressão parece ter intimidado
o juiz. Logo no começo, ele complicou ainda mais a atuação, já deficiente nos
primeiros 45 minutos, ao marcar um pênalti inexistente de Leonardo Silva, após
chute de Fahel. Aos 5 minutos, Souza cobrou com categoria para abrir o marcador
em Pituaçu.

 

O gol do Bahia fez com que o Atlético-MG fosse para o ataque de forma mais
efusiva. O goleiro Marcelo Lomba passou a se destacar, com defesas firmes e
seguras. As entradas de Daniel Carvalho e Neto Berola deram mais velocidade e
qualidade no toque de bola ao Galo. Os dois criaram a jogada do gol de empate,
justamente com estas duas características. Aos 31 minutos, Daniel tocou, e
Berola, de cabeça, marcou.

 

Após o empate atleticano, o jogo ficou mais aberto. Como o empate não era
bom, o Bahia foi para cima. A consequência disso foi os espaços concedido para o
Atlético-MG criar contragolpes perigosos.

 

Quando parecia que o jogo chegaria ao fim sem mais trapalhadas da arbitragem,
um gol legítimo de Neto Berola foi anulado. Revoltado, Berola, na sequência, fez
falta por trás e foi expulso. O jogo terminou
empatado.
GloboEsporte

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