Ascom/ADUSB

Às vésperas de completar um mês de greve e mesmo com os salários cortados pelo Governo do Estado, os professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), decidiram manter a paralisação que já perdura 28 dias. A decisão foi tomada nesta segunda, 02, em Assembleia Geral realizada pelo sindicato da categoria com 105 votos favoráveis e 03 contrários.

Na UESB, além dos professores, os estudantes também deflagraram greve e o movimento se unificou reivindicando do Governo do Estado e da Reitoria a defesa da Universidade Pública, pela revogação do Decreto 12.583/11, a retirada da cláusula imposta ao acordo salarial, ampliação do quadro docente, permanência estudantil e aspectos relacionados à Pauta Interna das categorias.
Os professores consideram que a ação “inovadora” do governo em cortar os salários com apenas 21 dias de greve é ilegítima ao impedir a manifestação da expressão e da organização. Com a decisão, a categoria busca reforçar a greve enquanto instrumento de luta da classe trabalhadora, além de ser uma forma de continuar a incomodar e pressionar o governo.

Para a plenária, o governo afrontou o movimento ao desconsiderar a decisão da categoria de continuar desenvolvendo as atividades essenciais como funcionamento de postos de saúde, estágios supervisionados e cursos de Mestrado e Doutorado, mantendo a Universidade em pleno funcionamento. Frente à iniciativa, os professores decidiram iniciar um processo mais radical com a promoção de ocupações, ações em praças públicas e o bloqueio de rodovias.

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