ROMULO FARO/Tribuna
Em conversa com a Tribuna, a senadora, que também é a presidente do PSB na Bahia e membro do diretório nacional do partido, disse que a fusão entre as duas legendas “depende das circunstâncias políticas”. “Primeiro teremos que ver qual será a ideologia do partido, qual será a proposta. Se os membros do PSB manifestarem essa vontade (a de fusão), vamos discutir”, pontuou Lídice da Mata. A congressista ponderou que “essa discussão ainda não evoluiu”.
Ao contrário do que tem sinalizado até então a executiva nacional do PSB, que a articulação não deve ser posta em prática antes das eleições municipais de 2012, haja vista a proximidade do pleito, se depender de Lídice, na Bahia, a coisa pode ser mais acelerada. Questionada sobre a possibilidade de uma coligação eleitoral PSB-PDB no ano que vem, a senadora não titubeou. “É claro que existe (a possibilidade). Temos de avaliar as candidaturas na capital e no interior”, afirmou.
Contudo, apesar de seus posicionamentos, Lídice da Mata ressaltou que a executiva nacional do PSB ainda não debateu a articulação com o PDB. “Ainda não há nada concreto. Vamos acompanhando os desdobramentos. As coisas ainda estão muito incertas”, declarou a congressista baiana. Assim como a maioria dos simpatizantes do PDB, Lídice da Mata justifica que vê com bons olhos a criação do novo partido porque “a lei eleitoral brasileira é muito inflexível”.
A reportagem tentou falar com o secretário Domingos Leonelli, que é membro das executivas estadual e nacional do PSB, mas ele disse, através de sua assessoria, que não queira comentar o assunto. Porém, em conversa com o site Bahia Notícias, no início da semana, o titular da Setur, na contramão da presidente Lídice da Mata, chegou a menosprezar o PDB. “O que é isso? Com que PSB eles querem casar? Com o nosso não será”, refutou Leonelli.
Já os caciques nacionais do PSB começam a defender a coligação, e não mais a fusão. Integrantes da executiva e líderes do partido no Congresso, por sua vez, pretendem iniciar qualquer discussão sobre a fusão para depois da eleição municipal de 2012. O PDB será criado, sobretudo, para abrigar dissidentes de diversos partidos.