Mais 130 militares da Força Nacional de Segurança Pública chegaram a Teresópolis na madrugada deste sábado (15) para ajudar nos trabalhos de resgate e atendimento às centenas de vítimas da chuva que devastou a região serrana do Estado do Rio de Janeiro.

Os homens da FNS atuam em três frentes de trabalho: buscas, salvamento e resgates; policiamento e levantamento e identificação de corpos. Não há prazo para eles deixarem a cidade, segundo o diretor da força, o major Alexandre Aragon.

Durante o dia, eles ficam concentrados no centro do município atuando no policiamento ostensivo. À noite, os policiais vão para áreas no interior dos bairros. Um efetivo de 80 homens já estava na cidade atuando nos trabalhos de busca. Há ainda 15 peritos trabalhando no Instituto Médico Legal (IML) de Teresópolis. São aguardados mais cinco legistas vindos de São Paulo e do Distrito Federal.

Tragédia

O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro na terça-feira (11) deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, principalmente na região serrana.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto foram as mais afetadas. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. Equipes de resgates ainda enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais.

No final da noite desta sexta-feira (14), a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência às vítimas. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

Empresas públicas e privadas, além de ONGs (Organizações Não Governamentais), também estão ajudando e recebem doações.

Os corpos identificados e liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) começaram a ser enterrados quinta-feira (13), alguns deles sem identificação. Hospitais estão lotados de feridos. Médicos apelam por doação de sangue e remédios. Os próximos dias prometem ser de muito trabalho e expectativa pelo resgate de mais sobreviventes.

Em visita à região de Itaipava, em Petrópolis, o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que ricos e pobres ocupavam irregularmente áreas de risco e que o ambiente foi prejudicado.

– Está provado que houve ocupação irregular, tanto de baixa, quanto de alta renda. Está provado também que houve dano da natureza. Isso não tem a ver com pobre ou rico.

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