Agência Brasil e Karina Costa l A TARDE

Luciano da Matta/Agência A TARDE

Vivian Barros e Thayane Almeida refizeram o exame e reclamaram da pouca antecedência do aviso sobre

Vivian Barros e Thayane Almeida refizeram o exame e reclamaram da pouca antecedência do aviso sobre

Brasília – Dos 9,5 mil estudantes convocados para a reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mais da metade não compareceram aos locais de prova nesta quarta-feira, 15. Esses candidatos tiveram a chance de refazer a avaliação porque foram prejudicados pelos erros de impressão dos cadernos da prova amarela, que não continham todas as 90 questões de ciências humanas e da natureza.

Em Salvador, das 12 às 17h (13 às 18h, no horário de Brasília), no Pavilhão de Aulas do Canela da Universidade Federal da Bahia (PAC – Ufba), no Vale do Canela, apenas sete dos 16 estudantes inscritos na capital foram submetidos a uma nova prova de ciências humanas e da natureza. A abstenção também foi grande no interior do Estado.

A estudante Juliane Verne, 19, foi a primeira, dos sete que compareceram à prova, a terminar a avaliação e, para ela,   o Exame Nacional do Ensino Médio aumentou a esperança de conseguir ingressar em uma universidade. Na primeira prova, não havia algumas questões ou foram aplicadas questões duplicadas e  havia erros nas  folhas de resposta.  “Perdi várias questões  e não teria boa nota. Acho que nessa me saí bem”, ressaltou a estudante Juliane.

Por volta das 16 horas, as estudantes Vivian Barros, 17, e Thayane Almeida, 17,  deixaram o local do exame. Elas, no entanto, criticaram o Inep, que avisou, na última sexta-feira, sobre a nova prova. “Recebi um telegrama e um SMS.  Mas podiam ter avisado antes”, reclamou Vivian.

Sem incidentes – Os alunos que não compareceram terão corrigidas as provas aplicadas no dia 6 de novembro. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a reaplicação ocorreu “sem registro de incidentes”.

Os estudantes foram convocados a partir da análise das 116 mil atas das salas de prova. O documento é usado pelos fiscais para relatar qualquer problema ocorrido durante o certame. Trinta e cinco estudantes que não tinham sido chamados conseguiram na Justiça o direito de refazer o exame. O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o número alto de faltosos era esperado.

“Nós imaginamos que o número seria bem menor porque nem todos foram prejudicados. Nós usamos o conceito objetivo mais abrangente para evitar que, efetivamente, nenhum estudante que foi prejudicado ficasse sem conseguir fazer a prova”.

O Enem foi reaplicado em 17 estados: Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Ceará, Sergipe, Piauí, Pernambuco, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará, Tocantins, Goiás, São Paulo e Amazonas.

Paraná e Santa Catarina concentram mais da metade dos casos de alunos prejudicados (60%). Segundo o Inep, os gabaritos da nova prova serão divulgados na próxima terça, 21, às 18h.

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