Helga Cirino, do A TARDE

Os pais de Joel da Conceição Castro, 10 anos, morto durante ação de policiais militares da 40ª Companhia Independente da PM (CIPM/Nordeste de Amaralina), na madrugada da última segunda-feira, 22, foram ouvidos pelo comandante da 58ª CIPM (Cosme de Farias), major Josemar Pereira, na manhã desta sexta, 26.

Joel Santana Castro e Miriam da Conceição Castro reiteraram a versão contada no dia da morte da criança. O menino se preparava para dormir quando foi baleado dentro do quarto onde dormia com o pai.

Os militares apresentaram outra versão. Alegaram que o menino foi morto por traficantes, apesar de os vizinhos terem denunciado que os tiros foram deflagrados pelos PMs. As ouvidas integram o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que vai julgar os PMs.

Os depoimentos terminaram por volta das 13h30, mas o major Josemar disse não poder passar mais informações sobre os relatos. “Estamos começando as ouvidas. É preciso ter muita cautela. Falar sobre detalhes pode atrapalhar as investigações”.

Major Josemar confirmou que, na próxima semana, vai ouvir outras testemunhas do caso. Ele disse que ainda não foram concluídos os exames periciais do projétil colhido por peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) na casa do menino.

O major tem 40 dias para concluir o PAD, podendo prorrogar as investigações por mais 20 dias. O secretário da Segurança Pública César Nunes ainda não se pronunciou sobre o episódio, mas garantiu investigação e conclusão do inquérito em 40 dias. Também disse intermediar a visita dos pais de Joel ao governador Jaques Wagner.

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