Lilian Machado/Tribuna

 Fortalecidos pelos resultados do recente processo eleitoral e desempenho dentro da gestão estadual, ou ainda pela credibilidade que possuem dentro da base aliada ao governo federal, alguns baianos têm sido cotados para assumir cargos no ministério da nova presidente Dilma Rousseff (PT).

 Dentro do time de nomes especulados existem tanto aqueles relacionados ao governador Jaques Wagner (PT) – que ganhou ainda mais notoriedade com a reeleição no primeiro turno e deu 70% da votação para Dilma no segundo turno na Bahia – quanto aqueles que conquistaram espaços dentro do partido ou em funções técnicas já executadas.

 

Rumores dão conta de que a petista Dilma Rousseff pode priorizar a Bahia na escolha de algumas pastas, como a do Turismo, Transportes, Saúde e Integração Nacional. Na bolsa de apostas aparecem nomes como o da deputada federal e senadora eleita Lídice da Mata (PSB), para o Ministério do Turismo, do senador César Borges (PR), para a pasta dos Transportes, de Jorge Solla, Saúde, Juca Ferreira para a permanência no comando da pasta de Cultura e Sérgio Gabrielli, Integração Nacional.

Corre por fora, ainda, o nome do deputado federal e ex-ministro Geddel Vieira Lima também para Integração Nacional, tendo em vista que, apesar dos desgastes por conta da eleição estadual, gozou do prestígio do governo quando esteve à frente da pasta e conseguiu tocar o projeto de transposição do Rio São Francisco.

 No jogo das mudanças que serão anunciadas somente depois do dia 1º de janeiro de 2011, os baianos podem ter cadeiras certas. Apesar de tudo estar no campo das especulações, é forte a tese de que governador Jaques Wagner deve mesmo indicar nomes para o alto escalão do governo da nova presidente.
 
  “Tudo não passa de especulação da imprensa”, restringiu a primeira senadora da Bahia, Lídice da Mata (PSB), garantindo que é senadora pela Bahia e que por isso tem se preparado para cumprir o mandato. Questionada se por acaso fosse convidada, ela disse que não trabalhava com hipóteses.

Um dos atributos que pesam sobre o nome de Lídice seria um dos critérios exigidos pela nova presidente, que já revelou o seu desejo: ter um terço de sua equipe, ou seja, 11 dos 34 ministérios, ocupados por mulheres.

Na pasta de Transportes, tem sido cotado o nome do ex-governador e senador baiano César Borges (PR), que já havia negado a possibilidade. “Sou presidente do PR e meu projeto agora é fortalecer o partido para as eleições de 2012”, limitou-se. Rumores, no entanto, constam de que o senador, ao negar a possível conversa sobre o assunto, estaria apenas se preservando para não atropelar os fatos.

Vários partidos estão no rol

Entre os petistas baianos, o secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla também tem sido cogitado. Corre nos bastidores que o titular responsável por uma das mais importantes pastas do governo Wagner assumiria a cadeira do mesmo setor no ministério de Dilma. 

Um nome forte da Bahia para assumir um ministério seria também o de José Sérgio Gabrielli. Há rumores de que o governador Jaques Wagner já o teria indicado para ocupar o Ministério da Integração. No entanto, ainda existe a possibilidade de o ex-ministro Geddel ocupar o posto, com a indicação do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

O líder baiano, no entanto, já descartou: “Nunca tratei desse tema e não conheço essa notícia”, rejeitou. A reportagem da Tribuna da Bahia não conseguiu falar com os petistas citados.

Dentro das reivindicações partidárias, tem sido citado o nome do deputado federal reeleito e presidente do PP estadual, Mário Negromonte. No meio político nacional já foi especulado que o partido estaria a pedir a cabeça do ministro das Cidades, Márcio Fortes (PP), no entanto pretenderia continuar no comando da pasta e o nome mais indicado seria o do baiano.  (LM)

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