Cerca de 100 agentes comunitários de saúde de Vitória da Conquista participaram nesta quinta-feira, 04, de um encontro preparatório para uma série de oficinas de capacitação de multiplicadores de direitos humanos, prevenção e combate à homofobia.  A atividade, que aconteceu no auditório da Ordem dos Advogados da Brasil/OAB, foi uma iniciativa do Núcleo de Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia/NUDH.

O representante da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Danilo Bittencourt, fez uma abordagem geral sobre Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros/LGBT; o coordenador do NUDH, Afonso Silvestre, falou sobre os aspectos históricos da aquisição de direitos e cidadania; o advogado Fernando de Cássia discutiu a questão da homofobia do ponto de vista jurídico; e a psicóloga do NUDH, Sabrina Cerqueira abordou o tema sob o viés da Psicologia.

“A gente precisa identificar onde é que a gente não conhece o outro e aprender a lidar. A principal ferramenta da opressão é a ignorância do opressor sobre a condição do oprimido, e é essa ignorância que vai produzir a discriminação e o preconceito. Esse encontro é justamente para fazer com que as pessoas enxerguem isso em si próprias”, destaca o coordenador do NUDH.

Durante o encontro, os participantes responderam um questionário que vai ajudá-los a se identificarem homofóbicos.  “Esse á mais um material produzido pelo NUDH, além do Censo LGBT cujo resultado  será divulgado no dia 10 de dezembro”, acrescenta Afonso.

A agente comunitária do Programa de Saúde da Família Bruno Bacelar, Jandira Cardoso, participou da atividade e considerou a discussão proveitosa: “Nós agentes de saúde muitas vezes não sabemos quais são os direitos dessas pessoas que freqüentemente são humilhadas por sua orientação sexual. Esse encontro é uma oportunidade de obtermos informação e passar esse conhecimento para a sociedade. Estaremos vigilantes em nossas áreas de atuação para que a população LGBT não seja discriminada”.

Os professores das redes municipal e estadual também participarão de encontros como o que foi realizado com os agentes de saúde. No início de 2011, as oficinas com os profissionais começam a ser realizadas. Durante as oficinas os professores produzirão uma cartilha de orientação para outros professores ensinando a lidar com situações de homofobia em sala de aula.

Fotos: Emanuel Nem Moraes 

SECOM/PMVC

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