Jamile Amine, de Feira de Santana

Reginaldo Pereira / Agência A TARDE

Luciene Vitória dos Santos na sede do Projeto Instituto Social  Reciclar Rural

Luciene Vitória dos Santos na sede do Projeto Instituto Social Reciclar Rural

Quando a apicultora Luciene Vitória dos Santos foi chamada na casa da vizinha para retirar uma colmeia do quintal, há quatro anos, assustou-se com o lixo acumulado. Nesse dia, concluiu  que deveria tomar uma atitude e  fundou o Instituto Social Recicla Zona Rural, no distrito de Maria Quitéria, a 10 km de Feira de Santana.

Com o apoio de 30 voluntários, Luciene coletou o material reciclável jogado pelas estradas e quintais da região e começou o trabalho de conscientização nas escolas e na comunidade.
Devido à falta de apoio institucional e de perspectiva financeira, somente sete pessoas continuaram o trabalho de coleta, mas os moradores do distrito já depositam o lixo corretamente em grandes sacos – os  big-bags – espalhados em pontos estratégicos. O recolhimento é feito a cada semana  pela associação, que também separa os resíduos.

Plásticos, vidros, papéis, pneus, tudo pode ser reaproveitado. O agricultor Alfredo da Silva e sua família já aderiram à coleta seletiva do lixo. “Esse projeto é importante, porque antes dele as coisas viviam jogadas de qualquer jeito, até estragando a terra”,  avalia. A instituição possui 200 sacos doados por empresas, mas, segundo Luciene, necessitaria de ao menos mil para  que o recolhimento fosse mais eficiente.

Lições – “A gente recolhe os bags cheios, mas muitas vezes não temos outro vazio para substituir. A coleta também é complicada, porque dependemos de uma carroça emprestada para fazer o trabalho”, conta Luciene.

Outra meta é conseguir apoio para comprar o terreno onde será construída a sede da instituição.  Atualmente, o depósito fica em uma área emprestada. “A prefeitura esteve aqui já duas vezes, nos deram 10 tonéis e, há seis meses, enviaram um caminhão para recolher algum material, mas não temos um apoio efetivo”, diz Luciene.

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