Laryssa Borges /Direto de Brasília

Em seu primeiro comício no segundo turno, na cidade-satélite de Ceilândia, a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, atacou seu adversário político, o tucano José Serra. A ex-ministra da Casa Civil condenou “uma campanha baseada no ódio” e disse ser vítima de uma onda de boataria e calúnias.

Dilma pediu engajamento da militância a 20 dias das eleições, relembrou as conquistas do governo Lula e o comparou com os oito anos da gestão de Fernando Henrique Cardoso. “Faltam 20 dias para a eleição e nesses 20 dias cada um de nós vai ser um guerreiro e uma guerreira. Cada um de nós vai ir para as ruas; vai discutir nas suas escolas; nos seus empregos; no seu trabalho; e nós vamos mostrar que o Brasil quer continuar mudando”.

A candidata também falou sobre o desemprego. “O Brasil não é caranguejo que volta para trás. Não queremos mais aquela época de desemprego em que diziam que o povo brasileiro era inimpregável. Nós não queremos a volta dessa época em que os pais de família não tinham o que botar na mesa de seus filhos. Queremos um Brasil crescendo, queremos um País que olhe não para poucos, mas para todos os brasileiros, principalmente para os que mais precisam”, disse.

A petista atacou José Serra depois do embate entre os dois presidenciáveis, nesse domingo (10), pela TV Bandeirantes. Dilma criticou o fato de o tucano não fazer uma campanha “olho no olho”, mas, sim, de usar “artifícios” para atacar o governo Lula.

“Nós temos de saber que nós vamos ouvir ainda muito boato. Meu adversário faz uma campanha baseada no ódio, faz uma campanha baseada na boataria e na calúnia, mentira e falsidade. E ele não acusa de frente, olho no olho, não faz aquela disputa justa, leal e verdadeira. Usa de artifícios para atacar o projeto que ele sabe que é diferente do dele, porque é um projeto generoso que mudou a vida das crianças, dos jovens, dos homens e das mulheres. Não somos mais um País de joelhos”, afirmou Dilma.

A candidata petista relembrou práticas que ela considera condenáveis por parte dos oposicionistas, como a contestação que seus adversários fizeram do Programa Universidade para Todos (ProUni) no Supremo Tribunal Federal (STF).

No comício, a presidenciável relembrou ainda a importância do papel da mulher na sociedade e disse pretender representá-las como presidente da República. “A eleição do primeiro turno mostrou que 67% dos brasileiros apoiaram uma mulher para presidente do Brasil, mostrou que o povo brasileiro não é um povo preconceituoso, que sabe que a mulher está preparada para governar o Brasil, graças às milhões de mulheres brasileiras que saem de suas casas todos os dias, que criam seus filhos, que trabalham”, observou.

“Daqui para a frente, o tamanho desse Brasil é aquele que queremos para ele. Não queremos um País pequeno. Sabemos que esse País pode ser um País para os 190 milhões de habitantes”, disse a candidata em Ceilândia.

Estavam presentes no primeiro comício da petista no turno suplementar, os ministros Nilcéa Freire (Secretaria de Política para as Mulheres), Carlos Eduardo Gabas (Previdência), Luiz Dulci (secretaria-Geral), Celso Amorim (Relações Exteriores) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente), além do coordenador da campanha dilmista, Ciro Gomes.  Do Terra

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